Um dos alvos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quinta-feira (8/8), dentro da Operação Quadro Negro, foi uma residência localizada na zona 2, em Maringá.
Na casa, localizada na Rua Doutor Arion Ribeiro de Campos, os policiais apreenderam vários documentos e um HD com arquivos digitais. Apenas uma mulher estava na casa.
Aos ser questionada pelos policias, ela negou qualquer ligação com os ilícitos da Operação Quadro Negro e que desconhecia o teor da investigação. A reportagem não conseguiu descobrir a qual construtora estaria relacionado o alvo da operação em Maringá.
Na residência da zona 2 foi cumprido um dos 17 mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira. Os alvos, de acordo com a divulgação do Gaeco, são 14 proprietários de construtoras.
Os mandados foram cumpridos nas residências de empresários nas cidades de Cascavel (três locais), Tomazina (dois), Londrina (dois), Umuarama (dois), Maringá, Foz do Iguaçu, Pitanga, Realeza, Itaipulândia, Pato Branco, Ponta Grossa e Paranavaí.
A exemplo do que ocorreu na quarta-feira (7/8), o objetivo das buscas foi a apreensão de celulares, computadores, documentos ou valores. Na manhã desta quinta-feira (8/8), três pessoas foram presas em flagrante: duas em Tomazina, por posse ilegal de armas, e uma em Pato Branco, por posse ilegal de munição.
No trabalho realizado na quarta-feira (7/8), quando foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Campo Largo, Cascavel e Castro, houve quatro prisões em flagrante na capital (duas por posse ilegal de arma de fogo, uma por posse de munição e outra por desacato).
O coordenador do Gaeco, Leonir Batistti, afirmou em entrevista coletiva no final da manhã desta quinta-feira (8/8) que o objetivo foi buscar provas das irregularidades relatadas por outros envolvidos na Operação Quadro Negro.
“A justificativa para a propina deriva de uma antecipação das medições. Uma empresa que tinha feito 15% da obra, estava recebendo 40%. Este tipo de antecipação é ilegal. Também é curioso que o estabelecimento de propina visava a facilitar o recebimento de serviços já realizados, como forma de romper com a burocracia”, disse.
O superfaturamento nas obras, segundo o Gaeco, chega a 40% dos valores contratados. Em março de 2019, o ex-governador Beto Richa chegou a ser preso dentro das investigações da Operação Quadro Negro.
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