O governador Ratinho Junior apresentou proposta de 5,09% de reajuste parcelados aos servidores do Paraná na manhã desta quarta-feira (3/7). A proposta prevê a concessão de 0,5% em outubro de 2019, mais 1,5% em março de 2020, 1,5% a partir de janeiro de 2021 e 1,5% a partir de janeiro de 2022.
As duas últimas parcelas ficam condicionadas ao crescimento mínimo de 6,5% e 7%, respectivamente, da receita corrente líquida em relação ao ano anterior. Em coletiva de imprensa no Palácio do Iguaçu, o governador também garantiu a manutenção do programa de promoções e progressões.
O benefício, segundo informações do Governo do Paraná, representa um crescimento vegetativo médio de 2,3% ao ano da folha de pagamento de ativos. Este índice significa uma despesa extra de R$ 1,3 bilhão até 2022. Um projeto de lei vai ser encaminhado nesta quinta-feira (4/7) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Além de 5,09% de reajuste parcelados, também vão ser concedidos, segundo o governo, aumentos nos valores do auxílio-alimentação, do vale-transporte e a oferta de perícia médica em oito polos do interior do Estado, o que vai representar um custo adicional estimado em R$ 25,4 milhões em 2019.
Outra medida anunciada por Ratinho Junior foi a contratação, via concurso público, de quase seis mil novos servidores, com impacto direto de R$ 200 milhões ao ano.
A maior parcela é de policiais militares (2.560). Também vão ser contratados professores (988), policiais civis (400), profissionais de saúde (400) e agentes de cadeia (1.269).
O concurso também vai atender a demanda de peritos para a Polícia Científica e profissionais para a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Teatro Guaíra e para o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE).
Proposta foi mal recebida por sindicatos
Segundo coordenadores do Fórum das Entidades Sindicais (FES), “a proposta é indecente”, pois não contempla a real perda salarial e colocaria em risco direitos adquiridos. Uma reunião do comando de greve está marcada para a manhã desta quinta-feira (4/7).
“Não dá pra chamar assembleia pra avaliar essa indecência. O governador prefere chamar coletiva de imprensa do que participar de uma mesa de negociação com os sindicatos”, critica o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão.
De acordo com o presidente da Associação Vila Militar (AVM), Coronel Washington Alves da Rosa, a notícia foi recebida com indignação e frustração.
“A greve do funcionalismo somente não ganhou maiores proporções devido ao voto de confiança que foi dado pelas associações das categorias policiais. Infelizmente, novamente acreditando na boa vontade do Governo, fomos traídos”, afirmou.
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), que passou a quarta-feira dedicado a reuniões com servidores do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), para discutir o envolvimento do hospital no movimento de greve da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ainda não divulgou oficialmente uma avaliação sobre a proposta de Ratinho Junior.
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