Empresa de Maringá inicia projeto florestal e urbanístico para compensar danos ambientais causados por acidente rodoviário em Cambé

  • Sete anos depois do acidente, a empresa de transportes com sede em Maringá, Rodoviário Matsuda, iniciou a execução do que foi acordado em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em setembro deste ano com o Ministério Público do Estado do Paraná e a Prefeitura de Cambé.

    Em março de 2011, um caminhão carregado de óleo diesel se envolveu em um acidente na BR-369, entre Londrina e Cambé. O combustível escorreu para a nascente do Ribeirão Cambé, causando importantes danos ambientais.

    O TAC determina que a empresa execute um projeto florestal e urbanístico no fundo de vale do Córrego da Verdade, que nas duas cidades é popularmente chamado de Córrego do Zezão. O TAC foi firmado na 2ª Promotoria de Justiça de Cambé.

    A transportadora tem um prazo de 16 meses para executar as obras e serviços previstos no projeto. Na semana passada, o Ministério Público foi informado pela Matsuda que os trabalhos foram iniciados. O TAC foi uma alternativa para evitar a judicialização do crime ambiental.

    O advogado da Matsuda, Pablo Laforga, disse nesta terça-feira (18/12) que “esse caso é muito peculiar, pois os danos foram causados em uma área e o TAC prevê melhorias em outra”. Segundo ele, logo após o tombamento do caminhão tanque, a transportadora acionou sua seguradora.

    “Durante três anos, sob a coordenação de um engenheiro ambiental e o acompanhamento do IAP, trabalhamos e recuperamos o Ribeirão Cambé. Mesmo assim, para resolver esse passivo e por uma opção social, assinamos o TAC para promover melhorias na praça do Córrego da Verdade”, disse.

    Segundo ele, será recuperado o sistema hidráulico de um chafariz da praça, substituído o calçamento de paralelepípedo, plantadas árvores exóticas e promovidas outras melhorias. “Alguns serviços estão em fase de orçamento”, disse Laforga, que ressaltou a proatividade ambiental da Rodoviário Matsuda.

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