Presidente da Câmara de Porto Rico é preso pelo Gaeco de Maringá. Réu em processo por concussão, Ditinho descumpriu ordem judicial

  • O presidente da Câmara de Porto Rico, Benedito José Maria (PDT), conhecido como Ditinho, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (11/12) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá, em investigação conduzida pelo delegado Elmano Rodrigues Ciriaco.

    Os policiais de Maringá se deslocaram cerca de 200 quilômetros para dar voz de prisão ao vereador que é réu em processo criminal na Comarca de Loanda e vinha descumprindo medidas judiciais. Uma delas foi romper a tornozeleira eletrônica que deveria usar 24 horas por dia.

    O vereador está sendo processado por crimes de concussão (45 vezes), falsa identidade (quatro vezes) e lavagem de dinheiro (31 vezes). O réu era fiscal municipal de ICMS da Prefeitura Porto Rico e teria realizado abordagens a caminhoneiros e empresários impondo exigências e fazendo ameaças.

    As ameaças feitas pelo ex-fiscal era, segundo o Gaeco, de retenção de mercadorias ou veículos em troca de suborno. O delegado responsável pelo inquérito, Elmano Ciriaco, disse que “as quantias cobradas não eram vultuosas, mas somando tudo resulta em um valor significativo”.

    Elmano Ciriaco disse que tem provas robustas, obtidas por meio da quebra de sigilo bancário. “A partir da identificação das empresas que faziam as transferências de recursos para a conta do fiscal de tributos da prefeitura e para a conta da irmã dele, fomos atrás dos empresários”.

    A pergunta era simples: “Por que o senhor transferiu dinheiro para um servidor público que é fiscal de tributos?”. As investigações foram realizadas entre 2013 e 2015 e as medidas cautelares foram determinadas pela Justiça em 2017, quando Ditinho já era vereador e presidente da Câmara.

    “Diante do descumprimento das medidas cautelares, não nos restou outra alternativa a não ser pedir a prisão preventiva do réu”, disse o delegado. Procurada, para saber quais as medidas que pretende adotar, na Câmara de Porto Rico a informação é que “não houve comunicação oficial da prisão”.

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