Foi aprovado na quinta-feira (11/10), em segunda discussão, um projeto de lei do vereador Sidnei Telles (PSD) que pretende instituir em Maringá os ‘corredores seguros’. De acordo com o texto aprovado, esses corredores devem ser “locais diferenciados no que se refere à segurança pública, tendo como meta inibir ações de violência, furtos e demais crimes.”
O vereador explica que esses corredores seguros devem ser instalados principalmente em vias do centro de Maringá que sejam importantes e que façam a ligação com os bairros. “Nesses locais devem ser instaladas câmeras de segurança que tenham sensor de ruídos e iluminação rebaixada. A ideia é que a população passe a utilizar mais esses espaços públicos, o que também torna os locais mais seguros”, avalia Telles.
O vereador conta que a inspiração para essa ideia de corredores seguros veio de cidades como Medellín, na Colômbia e Quito, no Equador – cidades com um histórico de extrema violência por causa do tráfico de drogas. “Maringá está muito bem em vários setores, mas na segurança pode ser melhor, por isso decidi pesquisar o que deu certo em outros lugares e trazer para cá”, afirma.
De acordo com o Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Maringá é o 38º município com menor taxa de homicídios entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Para ocupar essa posição no ranking, Maringá registrou uma taxa de 12,2 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2016 (ano contabilizado pelo Atlas).
Questionado sobre a possibilidade de que esses corredores seguros possam deixar outros locais abandonados, o vereador explicou que esse é um projeto de segurança pública que exige um planejamento. “Se por enquanto é impossível fazer algo assim na cidade toda, vamos começar com locais específicos e aos poucos vai expandindo”, acredita Telles.
Por enquanto ainda não há vias definidas para a instalação dos corredores seguros. De acordo com o vereador, só depois que a lei for sancionada pelo prefeito é que será montada uma equipe multidisciplinar, que envolva secretarias e a Guarda Municipal, para a regulamentação da lei.
O projeto ainda vai passar pela terceira discussão na Câmara. Depois de sancionada e publicada a lei, a prefeitura terá 60 dias para fazer a regulamentação e um prazo de seis meses para a implantação dos corredores.
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