Dos 30 deputados federais do Paraná, 25 tentam permanecer no cargo. Um deles é Rubens Bueno (PPS), que busca o quinto mandato na Câmara Federal. Bueno foi secretário de Justiça, Trabalho e Ação Social do Paraná, duas vezes deputado estadual (1983-1987 e 1987-1991) e prefeito de Campo Mourão entre 1993 e 1996.
Também ocupou cargos públicos como diretor administrativo da Itaipu Binacional e presidente da Fundação de Ação Social. No atual mandato na Câmara dos Deputados, ele apoiou o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), votou a favor da reforma trabalhista e da abertura de investigação do presidente Michel Temer (MDB).
Em visita ao Maringá Post na manhã desta quarta-feira (5/9), Bueno defendeu o combate aos privilégios do Judiciário e da classe política. Também se definiu como reformista, defendeu o parlamentarismo e mudanças na previdência: “Previdência pública é para quem ganha menos de R$ 5,380 mil, acima disso, a pessoa tem que buscar outra previdência”.
Apesar de ser veterano na política, Rubens Bueno afirmou que essa é uma campanha diferente e que procura estar em constante renovação. “A gente se renova no discurso e na defesa das teses. Vai no combate a corrupção, por exemplo, para não deixar brechas para o mundo do crime e apresenta projetos que o Brasil precisa”, disse.
Rubens Bueno disse que, se eleito, tentará logo no primeiro ano de mandato colocar em votação a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) para acabar com o foro privilegiado. Na Câmara, ele é relator do projeto que regulamento o teto salarial dos servidores públicos. O principal objetivo é que ninguém ganhe mais que os ministros STF.
O deputado também está disposto a avançar nas discussões sobre o fim dos privilégios no Judiciário, como acabar com a aposentadoria compulsória para juízes e promotores. “O auxílio moradia deve ser apenas para quem cumpre função em determinado lugar e é deslocado para serviços em outro. Férias de 60 dias para juízes e promotores também tem que acabar”, defendeu.
Em junho deste ano Bueno assinou um requerimento para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito fosse instalada na Câmara para investigar a Lava Jato. Ele disse que a “emenda do projeto foi alterada” e que, quando a referendou, “tratava apenas da investigação de um escritório de advogados em São Paulo”.
Em apoio a Lava Jato, o deputado federal Rubens Bueno e outros 50 parlamentares pediram a retirada das suas assinatura da emenda. “Como posso eu ser contra a Lava Jato, por tudo que defendemos ao longo do tempo? A Lava Jato está cumprindo um grande papel, protege o que é publico e combate a corrupção”, afirmou.
- Essa reportagem foi produzida em virtude de uma visita pré-agendada pelo deputado federal Rubens Bueno ao Maringá Post. Este portal de notícias está aberto à visitas de outros candidatos, que devem ser agendadas com antecedência.
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