Dos 436 candidatos a deputado federal do Paraná com pedidos de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quatro são de Maringá e tentam a reeleição. O deputado federal Edmar Arruda (PSD), considerando os cifrões no site do TSE, é o mais rico deles, com R$ 23,496 milhões. Luiz Nishimori (PR) é o mais pobre, com R$ 981,9 mil.
Na segunda posição em bens listados à Justiça Eleitoral está Ricardo Barros (PP), com R$ 5,529 milhões e, em terceiro, Enio Verri (PT), que declarou R$ 1,419 milhão. Os quatro aumentaram o valor nominal de seus bens a partir da primeira eleição para uma cadeira legislativa estadual ou federal. Isso conforme o mesmo site do TSE.
Edmar Arruda, candidato com o número 1502, tenta seu terceiro mandato na Câmara Federal. Quando se elegeu pela primeira vez, em 2010, declarou R$ 12,396 milhões. O seu maior patrimônio era uma participação na usina de álcool Brazcana, de R$ 3,738 milhões. Nas eleições de 2014, listou R$ 21,573 milhões.
Seus maiores bens se referem a quotas e participações. Duas dessas quotas, não especificadas, este ano chegam a R$ 13,352 milhões e a R$ 4,423 milhões. Nas três declarações à Justiça Eleitoral quando candidato a deputado, Arruda listou participação de 24,6% em uma fazenda em Barreiras (BA), que desde então é avaliada em R$ 600 mil.
Ricardo Barros, que busca seu sexto mandato com o número 1151, em 2006, quando o TSE passou a disponibilizar as declarações de bens dos candidatos, declarou ter R$ 1,255 milhão. Na última eleição, em 2014, informou ter R$ 1,821 milhão, bem menos dos R$ 5,5 milhões listados neste ano. Seus bens mais valiosos são quotas e quinhões de capital.
Este ano, Barros listou 17 quotas e quinhões, sendo as três maiores de R$ 1,3 milhão, R$ 843 mil e R$ 448 mil, essa referente a 87% da empresa MBR Locação de Veículos Ltda, que já constava em sua ficha no TSE em 2006, com o mesmo valor. Também se repete desde então a sociedade em uma fazenda em Baixa Grande do Ribeiro (PI), de R$ 60 mil.
Ênio Verri foi eleito a primeira vez em 2010, para a Assembleia Legislativa, e este ano disputa, com o número 1330 seu segundo mandado na Câmara Federal. Em 2010, quando conquistou uma cadeira no parlamento em Curitiba, ele informou a Justiça Eleitoral que tinha R$ 760,1 mil. Em 2014 foi para R$ 971.249,19 e agora chegou a R$ 1,419 milhão.
Nas três declarações consta um apartamento na Avenida Santos Dumond de Maringá, sempre no valor de R$ 101,7 mil. A novidade incluida pelo deputado este ano é um terreno de R$ 481,6 mil, que até então não aparecia entre os bens listados no TSE. Também informou ter R$ 180 mil em dinheiro, sendo que em 2014 tinha R$ 150 mil.
Luiz Nishimori, que se elegeu deputado estadual em 2006 e este ano concorre pela terceira vez a um mandato federal, com o número 2222, quando chegou na Assembleia Legislativa disse ter um patrimônio de R$ 58,9 mil. Nas eleições de 2014, os bens listados somaram R$ 1 milhão, mas agora baixou um pouco, caindo para R$ 981 mil.
Nas eleições passadas, seu maior bem era em dinheiro vivo, R$ 800 mil. Agora é uma casa de 500 m² na Avenida dos Andrades, em Maringá, de R$ 486,6 mil. Somando o dinheiro nas contas correntes bancárias e em espécie, Nishimori tem R$ 131,7 mil. Se empobreceu em 4 anos, não se pode dizer o mesmo em 12 – não há bens registrados no TSE em 2010.
Nas declarações de bens ao TSE, que não se tem notícia de já ter causado problemas a algum candidato, os valores dos bens imóveis se repetem por anos. Isso também ocorre nas declarações do Imposto de Renda para a Receita Federal, quando a atualização do valor só é obrigatória quando o imóvel é comercializado.
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