Apartamento de R$ 110, carro de R$ 1,00 e poupança de R$ 0,29 são alguns dos bens dos atuais senadores do Paraná. Tudo devidamente registrado no TSE

  • Clicando aqui e ali nas páginas dos bens que os candidatos declararam ao TSE é de se perguntar para que serve tal exigência? Para alguns candidatos de humor que mescla cinismo e acidez, como o do senador Roberto Requião (MDB), tem-se a impressão que é pura diversão. Este ano, por exemplo, ele disse ter um veículo automotor de R$ 1,00. Não disse qual.

    Em 2014, quando tentou retornar ao governo do Paraná, Requião listou um Jeep 1951 por R$ 1.000,00. Já tinha feito isso em 2010, quando conquistou a vaga no Senado. Este ano, teria ele cortado os zeros da relíquia? Bem… No seu patrimônio, de R$ 2.049.632,70, o candidato à reeleição fez questão de declarar R$ 1,33 em uma caderneta de poupança. Coisas de Requião.

    O senador Alvaro Dias, candidato a presidente pelo Podemos, informou ter bens que somam R$ 2.889.933,32. Neste montante, incluiu R$ 0,29 que mantém em caderna de poupança ouro do Banco do Brasil. Também lista uma BMW 320 IA, ano 2004, que desde então consta sem suas declarações, sempre com o mesmo valor, R$ 128 mil. Ao contrário do colega, deve ter esquecido de cortar zeros.

    A outra senadora paranaense, Gleisi Hoffmann, que decidiu tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados, trocou de nome, virou Gleisi Lula e empobreceu. Pelo menos é o que a petista informou à Justiça Eleitoral. Tanto que declarou ter um apartamento que vale R$ 111,00. Isso mesmo, menos de meia dúzia de cédulas de Real estampadas com o Mico-leão-dourado.

    O total de bens que a senadora informou à Justiça este ano soma R$ 34.284,00. Em 2014, quando tentou o governo do Paraná, Gleisi disse ter R$ 1.443.613,66. Na época, tinha um Honda CRV 2009, de R$ 88 mil e um apartamento de R$ 1,1 milhão. Nessas eleições, disse que seu veículo vale R$ 8,8 mil. Não informou a marca do possante, mas parece que foram cortados zeros demais.

    A lista de zeros a mais e a menos não se restringe aos senadores candidatos que, por sinal, são os únicos ocupantes de cargos eleitos no país com 8 anos de mandato – conta que também não é lá muito fácil de entender. As esquisitices se espalham por todos todos os níveis, de deputado estadual a presidente, mas essas ficam para a próxima. Se estiver de bom humor e quiser se adiantar, pesquise aqui.

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