O número de mortes em confrontos policiais militares, civis e guardas municipais vem aumentando no Paraná e diminuindo em Maringá. É isso que mostra o levantamento do Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial, divulgado nesta quinta-feira (16/8).
No primeiro semestre deste ano, foram registradas 179 mortes causadas por policiais e guardas municipais no Paraná, número bem maior do que as 138 computadas no primeiro semestre de 2017 e 131 mortes no segundo semestre do mesmo ano. Em Maringá ocorreu uma este ano, duas no primeiro semestre do ano passado e cinco no segundo.
As 179 mortes de janeiro a julho deste ano ocorreram em enfrentamentos em 58 municípios do Paraná, sendo que Curitiba sozinha responde por 43 mortes (25%). Londrina e São José dos Pinhas aparecem na segunda colocação, com 12 baixas em cada município. Comparando com cidades de médio porte, Maringá também apresenta índices menores.
No primeiro semestre deste ano, foram três mortes em Cascavel, quatro em Foz do Iguaçu, cinco em Almirante Tamandaré, seis em Araucária, cinco em Campo Largo e seis em Colombo, todas menores que Maringá. Ponta Grossa, assim como em Maringá, foi registrada apenas uma morte.
Se os números de mortes em confronto com as polícias são grandes nas cidades próximas a Curitiba, o inverso também ocorre na região de Maringá. Sarandi, Paiçandu e Mandaguaçu, por exemplo, não registraram nenhuma. Marialva, por sua vez, teve duas, mas em todo o ano passado não teve nenhuma.
Das 179 mortes no primeiro semestre deste ano, 171 foram em confrontos com a PM, cinco com a Polícia Civil e três com a Guarda Municipal. As mortes em enfrentamentos com a PM decorreram de 132 eventos, sendo que 156 delas derivaram de atuação em trabalho direto dos policiais, enquanto as outras 15 envolveram policiais militares em período de folga.
Das 171 vítimas dos confrontos com a PM, 96 eram negras ou pardas (56%) e 75 brancas (49%). Quase a metade (81 mortos – 47%) tinha entre 26 e 35 anos e 18 eram menores de idade (10%). A idade de 23 pessoas não foi apurada com exatidão. O Gaeco é formado por policiais civis, militares e coordenado pelo Ministério Público do Paraná.
Mortes em confrontos com policiais por cidade
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