Ricardo Barros diz que sua pré-candidatura a presidente visa a formar uma frente de centro, “já que os que estão colocados não conseguiram até agora”

  • Na noite de quarta-feira desta semana, coincidentemente dia 11, mesmo número do partido presidido pelo maringaense no Paraná, o deputado federal Ricardo Barros (PP) surpreendeu a imprensa, aliados e adversários políticos ao anunciar sua disposição de concorrer a presidente da República.

    Primeiro, o parlamentar disparou aos colegas progressistas via WhatsApp uma mensagem se colocando à disposição do partido para enfrentar a empreitada e, em seguida, ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados para fazer o anúncio público da sua pré-candidatura. As leituras da sua atitude suscitaram inúmeras interpretações.

    Alguns a decifraram como uma ação tática visando ao fortalecimento do seu cacife para negociações políticas e eleitorais. Outros viram no gesto o dedo do presidente Michael Temer com o objetivo de impedir uma aliança do PP com o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT), que não é bem visto pelo Planalto.

    Outros, no entanto, entendem que o ex-ministro da Saúde não é de deixar cavalo encilhado passar sem montá-lo. Mesmo que o esforço, inicialmente, não fizesse parte de suas estratégias de conquista de poder, Ricardo teria visto na atual conjuntura uma oportunidade de elevar ao grau máximo seu patamar na sua vida pública.

    Aliás, foi como azarão que, aos 29 anos, tornou-se o prefeito mais jovem da história de Maringá. Na sua mensagem enviada aos correligionários, Ricardo Barros lembrou que está completando 30 anos de vida pública, com cinco mandatos de deputado federal, tendo sido secretário estadual de Indústria e Comércio e ministro da Saúde.

    Diante do anúncio do deputado de tornar pública a disposição de viabilizar sua candidatura a presidente, seja qual for a interpretação, o fato é que uma nova peça, ao menos no momento, está posta no tabuleiro do xadrez eleitoral. Assim, na noite de quinta-feira (12), o Maringá Post solicitou e ele concordou em responder a algumas perguntas.

    As perguntas foram encaminhadas por WhatsApp e respondidas praticamente ao mesmo tempo, sempre com respostas curtas, como costumam ser as conversas pelo aplicativo. O tempo foi curto, pois a conexão caiu. O texto segue na íntegra, conforme o combinado:

    Maringá Post – Deputado, o senhor conta com quais aliados, dentro e fora do partido?

    Ricardo BarrosHouveram várias reuniões com partidos de centro que buscam definir um candidato para apoiar. Leia-se tempo de televisão. Nem Fundo Eleitoral, nem palanques nos Estados. Então coloquei meu nome à disposição para ser um candidato que reúna o maior número de apoios, já que os que estão colocados não conseguiram até agora.

    MP – Quais as possibilidades do PP lançar candidato próprio?

    RBOntem (Quarta-feira, 11) mais uma reunião terminou sem definição.

    MP – O senhor é o único a se colocar à disposição do partido ou tem outros?

    RBSou o único nome do PP no momento.

    MP – Os adversários estão dizendo que sua candidatura é fake news. O que o senhor diz sobre isso?

    RB – (Sem resposta)

    MP – Uma eventual candidatura do senhor teria consequências favoráveis à pré-candidatura de Cida Borghetti ao governo do Estado?

    RB – Minha candidatura não afeta o projeto da Cida de reeleição.

    MP – A passagem pelo Ministério da Saúde lhe deu visibilidade nacional suficiente para concorrer com possibilidades de vitória?

    RB – Minha gestão no ministério é reconhecida amplamente. Com certeza é a base para uma candidatura bem sucedida.

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