Prefeitura de Sarandi entra com recurso na Justiça Federal para impedir fechamento dos cruzamentos da BR-376. Impacto na mobilidade e na economia são os argumentos

  • O procurador jurídico da Prefeitura de Sarandi, Fábio Massao, afirmou que o município vai buscar todos os recursos possíveis para impedir o fechamento dos dois cruzamentos que cortam a Avenida Colombo, trecho urbano da BR-376.

    A retirada dos semáforos da rodovia e o fechamento das passagens em nível foram determinadas pela Justiça Federal. Uma liminar deu prazo de 60 dias para que a Prefeitura de Sarandi e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) cumpram com a decisão.

    “A administração vai defender os interesse dos moradores e da nossa coletividade com todos os recursos legais existentes”, afirma Massao. O prefeito de Sarandi, Walter Volpato (PSDB), viajou a Curitiba para tentar solucionar a situação. Ele acredita que impedir o trânsito no local é “limitar o direito de ir e vir do cidadão”.

    O prefeito recorreu outras duas vezes ao Governo do Estado e teve sua solicitação atendida, mas dessa vez se trata de uma decisão judicial.

    Em audiência pública realizada em abril, o município mostrou um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança (Semutrans) do impacto negativo causado no trânsito e na economia local.

    “Além do trânsito para os próprios moradores que não vão ter como se deslocar da zona norte para a zona sul. Há um impacto enorme do fechamento para a economia da cidade. Serviços públicos como o dos bombeiros, Samu e polícia são diretamente afetados devido a dificuldade de trafegabilidade imposta”, informou a assessoria de imprensa do município.

    O município ainda declara ter cumprido com todos os pedidos do DER com o objetivo de minimizar os acidentes. “Dobramos o tempo do semáforo, colocamos redutores de velocidade e avanço de sinal. Os acidentes ainda acontecem, mas diminuíram muito”, argumentou a assessoria.

    Segundo o Secretário de Trânsito e Segurança, David de Souza, até o final de junho,  quando houve um atropelamento com óbito, a instalação dos equipamentos havia reduzido a zero o número de acidentes com mortes.

    Estudos apresentados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que embasam a decisão judicial, mostram que nos dois primeiros meses de 2018, ocorreram onze acidentes com vítimas nos dois cruzamentos.

    Caso a prefeitura não consiga reverter a decisão judicial e os cruzamentos não sejam fechados, o município poderá ser obrigado a pagar multa diária de R$ 5 mil.

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