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Geraldo Alckmin, em Maringá, minimiza resultado da pesquisa eleitoral da CNI/Ibope que lhe atribui 6% das intenções de voto

  • O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, minimizou o resultado da última pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira (28/6), durante entrevista coletiva na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Ele veio para apresentar seu plano de governo a lideranças empresarias e políticas da região.

    A pesquisa de intenção de votos aponta liderança dos pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL), com 17%, e Marina Silva (Rede), com 13%. O ex-governador aparece com 6%: “Nada mudou em relação a pesquisa anterior, apenas minha rejeição diminuiu. As pesquisas que valem são as feitas durante a campanha eleitoral, com os programas de rádio e TV no ar”.

    Disse que “nenhum dos outros pré-candidatos conta com mais de dois partidos e nós estamos com tudo certo com cinco. Deveremos ter 20% do horário gratuito. Também teremos o primeiro ou o segundo melhor palanque em todos os Estados”. Nesse momento, por acidente, ele derrubou o copo plástico d’água à sua frente e observou: “É sinal de sorte”.

    Questionado se o pré-candidato a presidente Alvaro Dias (Podemos) – que durante muitos anos foi do PSDB e seu aliado – era um empecilho ao crescimento da sua candidatura no Paraná, Alckmin respondeu apenas que respeita o senador paranaense e que os dois têm muitas convergências de ideias. “Vamos deixar a campanha rolar”, sugeriu.

    Ainda sobre a pesquisa eleitoral, disse que “nem se sabe ainda quem são os candidatos” e brincou dizendo que entendia as perguntas sobre as eleições,”porque os dois tipos de pessoas mais ansiosas que existem são jornalistas e candidatos”. Lembrou que o cenário pode mudar às vésperas das eleições, como ocorreu no Tocantis domingo passado.

    “Os dois nomes que lideravam as pesquisas não foram nem para o segundo turno”, observou, se referindo ao prefeito licenciado de Palmas, Carlos Amastha (PSB), e a senadora Kátia Abreu (PDT). Diante do questionamento se o resultado das urnas não seria um sinal de insatisfação popular com a classe política, que preferiu o novo, ele respondeu:

    “O que é o novo? O que tem menos idade? O que não tem experiência administrativa? Eu entendo que é preciso enfrentar o corporativo. Se eu for eleito, deverá ser com cerca de 60 milhões de votos e nos primeiros dias enviaremos um pacote de reformas ao Congresso Nacional, para serem aprovadas em seis meses”, prometeu.

    Pesquisa CNI/Ibope em cenário sem o ex-presidente Lula

    • Jair Bolsonaro (PSL): 17%
    • Marina Silva (Rede): 13%
    • Ciro Gomes (PDT): 8%
    • Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
    • Alvaro Dias (Podemos): 3%
    • Fernando Haddad (PT): 2%
    • Flávio Rocha (PRB): 1%
    • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
    • Henrique Meirelles (MDB): 1%
    • Levy Fidelix (PRTB): 1%
    • Manuela D’ Ávila (PC do B): 1%
    • Rodrigo Maia (DEM): 1%
    • João Goulart Filho: 1%
    • Outro com menos de 1%: 1%
    • Brancos/nulos: 33%
    • Não sabe/não respondeu: 8%

    Pesquisa CNI/Ibope em cenário com o ex-presidente Lula:

    • Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 33%
    • Jair Bolsonaro (PSL): 15%
    • Marina Silva (Rede): 7%
    • Ciro Gomes (PDT): 4%
    • Geraldo Alckmin (PSDB): 4%
    • Álvaro Dias (Podemos): 2%
    • Manuela D’Ávila (PC do B): 1%
    • Flávio Rocha (PRB): 1%
    • Levy Fidelix (PRTB): 1%
    • Outro com menos de 1%: 2%
    • Brancos/nulos: 22%
    • Não sabe/não respondeu: 6%

    A pesquisa Ibope/CNI sobre os presidenciáveis nas eleições 2018 analisou todo o território brasileiro. O levantamento foi feito de 21 a 24 de junho com 2 mil pessoas em 128 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02265/2018. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

    Reformas rápidas prometidas por Geraldo Alckmin

    Entre as reformas ressaltou a tributária, política, previdenciária e estrutural de Estado, que deve “ser menor e mais eficiente, regulador e planejador”. O objetivo, disse, é retomar o crescimento do país, que “só se dará com investimento e investimento é confiança”. Acrescentou que o próximo presidente deverá ser eleito com cerca de 60 milhões de votos.

    “É com essa força política de 60 milhões de votos que as reformas serão aprovadas em seis meses de governo”, disse ele, que tinha ao lado o ex-governador do Paraná e pré-candidato ao Senado pelo PSDB, Beto Richa. Alckmin defendeu a redução do número e das alíquotas dos impostos: “Temos carga tributária de primeiro mundo e serviços públicos de baixa qualidade”.

    Também defendeu o voto distrital puro e criticou o grande número de partidos políticos, que atualmente chegam a 35. Quanto a reforma da previdência, o pré-candidato disse que “o objetivo não será o de tirar direitos de ninguém, e sim ser justo”. Alckmin insistiu na necessidade promover rapidamente as reformas para fazer a economia voltar a crescer.

    Ressaltou a importância da cadeia agroindustrial para a retomada do crescimento, o que também fez o economista José Roberto Mendonça de Barros, responsável pela elaboração do plano de governo para o setor, que foi nacionalmente lançado na manhã desta quinta-feira (28/6) em Cascavel. Mendonça de Barros foi um dos idealizadores do Plano Real.

    Os ex-governadores Beto Richa e Geraldo Alkmin, e o presidente da Acim, Michel André Felippe Soares / Ivan Amorin

    Para as cerca de 200 lideranças políticas e empresariais presentes na Acim, Mendonça de Barros lembrou que durante a recessão, de 2014 a 2017, a queda econômica da construção foi de 18%, da indústria 12% e do serviços 6%, o agronegócio cresceu 11,7%. “Não é possível retomar o crescimento sustentável sem a liderança do agronegócio”, disse.

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