A Prefeitura de Maringá formalizou no começo da tarde deste sábado (26/5) a instalação de um comitê gestor de crise para acompanhar os problemas causados pelas manifestações dos caminhoneiros.
O comitê, formado por todos os secretários municipais, vai concentrar e avaliar medidas para reduzir o impacto do desabastecimento de combustível nos serviços oferecidos pelo município ao cidadão.
Os secretários vão manter o alerta para decisões urgentes em relação a diversos aspectos de funcionamento da gestão pública.
Diversas medidas foram adotadas, como o abastecimento seletivo da frota do município, priorizando veículos que trabalham em atividades essenciais, como saúde e coleta de lixo.
Na educação, foram suspensas as aulas de segunda a quarta na rede municipal de ensino, considerando a falta de gás de cozinha para o preparo da merenda e de hortifrutís.
O Hospital Municipal também adotou medidas para preservar o atendimento de internados e casos de urgências e emergências. No aeroporto, a escassez de combustível pode provocar a suspensão de voos na próxima semana.
“Entendemos que vivemos uma situação bastante delicada e precisamos nos organizar para enfrentar problemas criados pelo desabastecimento de combustível, sempre tendo em perspectiva a preservação dos serviços essenciais ao cidadão”, disse o prefeito Ulisses Maia.
O comitê foi informado, entre outros problemas, por empresas que disputam licitações e que não podem se deslocar para participar de pregões presenciais, por exemplo. Os casos específicos serão avaliados e não se descarta a suspensão de licitações.
A Procuradoria Geral do Município se prepara para agir judicialmente no sentido de garantir o fornecimento de combustível para a manutenção de serviços essenciais, caso a manifestação se prolongue.
Não se descarta também a redução da jornada de trabalho no Paço Municipal como forma de reduzir o consumo de insumos, considerando a dificuldade de abastecimento, por exemplo, de produtos de higiene.
O comitê vai buscar entendimento com instituições da sociedade organizada para adotar discutir problemas comuns, como o do transporte coletivo.
O secretário interino de Gestão e coordenador do Procon, Rogério Calazans, e o secretário de Fazenda, Orlando Chiqueto, coordenaram a reunião de instalação do comitê.
“Precisamos adotar ações coordenadas para enfrentar um problema que pode se agravar com o prolongamento do manifesto dos caminhoneiros”, disse Calazans.
Assembleias para discutir orçamento são canceladas
As duas últimas assembleias do Orçamento Cidadão, agendadas para segunda-feira (28/5), na Vila Santa Izabel, e terça-feira, (29/5), no Jardim Novo Horizonte, foram canceladas em consequência da falta de combustível provocada pelo protesto dos caminhoneiros.
O desabastecimento dificulta o deslocamento até os locais das reuniões, limitando a participação do cidadão no debate sobre as prioridades de investimentos no orçamento do município para 2019. Novas datas serão marcadas para a realização das assembleias.
Comentários estão fechados.