Embora os vereadores não estivessem incluídos na chamada janela partidária, que foi fechada à meia noite de sexta-feira passada (6/4), dois membros da Câmara de Maringá trocaram de partido no final de semana.
O vereador Homero Marchese deixou o Partido Verde (PV) e se filiou no Partido Republicano da Ordem Social (PROS), fundado em 2010, mas que apenas em 2013 obteve registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até então, o PROS não tinha representante na Câmara.
O vereador Rogério do Carmo deixou o Partido da República (PR), que passa a ficar sem nenhuma cadeira no legislativo maringaense, e se filiou no Partido Social Liberal (PSL), que também não tinha cadeira no legislativo local.
Segundo consta, Do Carmo obteve “autorização” do PR para efetuar a troca. Assim, o PV passa a contar com apenas um representante.
A saida de Marchese do PV era tida como certa desde quando a direção do partido que ele ajudou a criar na cidade protocolou uma denúncia de quebra de decoro parlamentar que levou à formação de uma Comissão Processante (CP) na Câmara.
Os trabalhos da CP estão suspensos por liminar obtida pelo vereador no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR). Segundo Marchese, ele deverá ocupar a direção local do PROS nos próximos dias. Essa condição teria feito parte das negociações para a sua filiação.
No entanto, a direção do PV local pretende requerer a vaga na Câmara ocupada por Marchese. A direção estadual do partido, segundo o vereador, concordou com a saída, mas o Diretório Municipal entende que a vaga pertence ao PV.
Marchese chegou a pedir a desfiliação na Justiça, por justa causa, o que evitaria problemas como o que pode vir a ocorrer com o Diretório Municipal, mas não obteve êxito.
PR teria autorizado Do Carmo fazer a troca
A mudança de partido do vereador Do Carmo, em tese, o impediria de ser candidato nas próximas eleições, a medida que a janela partidária só valia para deputados federais, estaduais e senadores.
No entanto, caso Do Carmo seja candidato a deputado estadual, como se especula, a Justiça Eleitoral teria que ser provocada pelo PR, que teria se comprometido em não representar contra o vereador.
A brecha partidária foi usada por cerca de 25% da Câmara Federal, mas na bancada maringaense não houve alteração. Os quatro federais permaneceram nas agremiações pelas quais foram eleitos: Luiz Nishimori (PR), Edmar Arruda (PSD), Enio Verri (PT) e Ricardo Barros (PP).
Também não foram registradas mudanças entre os deputados estaduais por Maringá, Evandro Júnior (PSDB), Dr. Batista (PMN) e Maria Vitória (PP), que tecnicamente é eleitora em Curitiba, mas obteve expressiva votação na cidade.
A Câmara de Maringá, composta por 15 vereadores, que até então contava com representantes de oito partidos – PV, PPS, PP, PR, PHS, PT, PTB e PSD -, agora, com o PROS e o PSL passa a contar com dez. A maior bancada é a do PHS, com três vereadores.
- Primeira atualização feita nesta terça-feira (10/4), às 7h45, com a correção do nome do novo partido do vereador do Carmo e retificação sobre o partido com a maior bancada na Câmara.
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