Duas universidades estaduais do Paraná suspenderam as aulas a partir desta segunda-feira (19/3) em protesto contra o decreto do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que limitou o quantitativo da carga horária dos professores temporários das instituições de ensino superior. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) manteve o calendário e aguarda uma definição das negociações.
No caso a UEM, os 372 professores contratos temporariamente dão 15 mil horas-aula por ano e o decreto, assinado na sexta-feira (16/3), autoriza apenas 10.035 horas, “número muito inferior ao do ano de 2017 e insuficiente para atender a demanda da instituição”, afirmou, em “Comunicado Urgente”, o reitor Mauro Baesso, que nesta terça-feira (20/3) se reúne com os demais reitores e representantes do governo do Estado.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Central do Estado do Paraná (Unicentro) suspenderam as aulas por tempo indeterminado, seguindo decisões dos seus respectivos conselhos superiores de Ensino e Pesquisa. O ano letivo para os 12 mil alunos na UEL começaria nesta segunda-feira. A Unicentro alega que contratou 10 mil horas-aula e precisa de mais 3 mil.
No comunicado publicado no site da UEM, Baesso manifestou preocupação e diz que as aulas foram mantidas “para não prejudicar o calendário acadêmico”. Lembrou que existe “um processo de negociação em andamento com o governo estadual para rever o decreto número 9.026” e que vai aguardar o resultado da reunião desta terça-feira.
O secretário estadual de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti), José Carlos Gomes, foi convidado para a reunião com reitores das instituições estaduais de ensino superior, que será realizada em Curitiba.
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