Na noite de terça-feira (6/3) um homem foi morto com um tiro em abordagem da Polícia Ambiental em propriedade rural na estrada Guará, na área rural de Maringá. O acesso ao local é pela rodovia PR-317, na saída para Iguaraçu.
De acordo com informações da Polícia Ambiental, cinco soldados foram ao local checar uma denúncia de que uma pessoa caçava animais silvestres. O suposto caçador foi encontrado em cima de um trator, com uma carabina calibre .22 e uma lanterna acoplada.
“Foi dado voz de abordagem para ele, que não obedeceu. Ele apontou a arma em direção ao policial, que repeliu a iminente injusta agressão”, disse o comandante do 1° Pelotão da Polícia Ambiental, sub-tenente Clailton Compadre em entrevista à rádio CBN Maringá.
Morte será investigada pelas polícias Militar e Civil
Em nota à imprensa, o Comandante da Polícia Ambiental de Maringá, capitão Luciano Buski, informou que foi determinada a instauração de Inquérito Policial Militar para apurar os fatos. A arma usada pelo soldado que efetuou o disparo contra o suposto caçador foi apreendida pelo capitão e anexada ao inquérito Militar.
O delegado de Homicídios, Diego Almeida, também afirmou que irá abrir uma investigação sobre a morte. “A princípio, é um caso de homicídio e, por isso, é de competência da Polícia Civil. A Polícia Militar tem o procedimento interno, mas não anula a nossa investigação”, afirmou.
Almeida revelou que as primeiras informações indicam que vítima não efetuou disparos na noite em que foi morta. “Ele estava com a arma e um apito utilizado para caça, que foram apreendidos. Contudo, não havia sinais de animais e a arma não havia sido disparada”, completou o delegado.
Homem seria parente de proprietário da fazenda
O homem, identificado como Alan Fernando Camargo, 36 anos, foi baleado no tórax e morreu no local. O corpo levado ao Instituto Médico Legal (IML). O velório será realizado na Capela 1, no Cemitério Park. E o sepultamento será às 9 horas desta quinta-feira (8/3).
De acordo com informações da Polícia Civil, Camargo tinha passagens pela polícia. A Delegacia de Homicídios informou haver dois boletins de ocorrência por ameaça, registrados em 2014, e uma prisão em flagrante por furto qualificado, em 2015.
“Ele morava na fazenda junto com os funcionários do local, mas não tinha vínculo de trabalho. Seria um parente distante do proprietário, que será ouvido no inquérito”, disse.
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