Motorista do almoxarifado da Prefeitura de Maringá com carteira de habilitação suspensa, uso indevido de carro oficial, ausência injustificada do serviço por meses e até mesmo sinais de embriaguez no ambiente de trabalho da Guarda Municipal.
As suspeitas motivaram a abertura de cinco processos administrativos disciplinares pela secretaria municipal de Recursos Humanos (Serh), de acordo com o Órgão Oficial do Município número 2.850.
Um dos processos é quanto ao comportamento de um guarda municipal, empossado em agosto de 2009, que foi denunciado por comparecer ao trabalho com sintomas de embriaguez.
Além disso, o guarda é acusado de não usar uniforme, danificar próprio público e se entreter com atividades impróprias ao ambiente de trabalho. O Processo de Sindicância é o número 025/2017-SERH.
O secretário da Serh, César França, disse que “esse é um processo complicado e pode envolver questões de saúde. Devemos ter cuidado para tratar da questão, para proteger a imagem do servidor e da administração”.
Jefferson Barboza, gerente administrativo da Guarda Municipal, não quis comentar o caso e afirmou que qualquer declaração só será feita após o fim do processo.
Motorista contratado em 2017 teve CNH supensa
Um motorista lotado no Almoxarifado Central, admitido em 17 de agosto de 2017, foi denunciado por não apresentar documentação necessária para o exercício das funções, assim descritas: “Conduzir veículo motorizado de carga ou transporte de passageiro, cujo peso total bruto exceda a três mil e quinhentos quilogramas”.
O secretário França disse que “o servidor está impedido de exercer a função porque não consegue renovar a Carteira Nacional de Habilitação. Caso ele não apresente os documentos no prazo aberto, pode ser exonerado. Não há motivo de ter alguém contratado para uma função que não pode exercer”.
Uso indevido de carro oficial envolve três servidores
Uma equipe formada por um auxiliar operacional e dois pintores de obras lotados na secretaria de Serviços Públicos foi denunciada por utilização irregular do carro oficial e se ausentarem do trabalho sem autorização.
Segundo o secretário César França, a situação foi confirmada e passa por processo para apurar os detalhes da situação. “Inicialmente, a motivação alegada foi a necessidade de cuidados médicos da mãe de um dos servidores. Ainda que o motivo seja nobre, não pode.”
Servidor não cumpre expediente há meses
Um auxiliar operacional lotado na Casa Lar Benedito Franchini, contratado em agosto de 2017 com uma carga horária de 40 horas semanais, tem mais de 60 faltas registradas em apenas 5 meses.
Dayane Ribeiro, diretora da unidade, disse que “em 2018 ele ainda não apareceu para trabalhar, nem deu notícia ou justificativa”. O Estatuto do Servidor Público do Município de Maringá, no artigo 193, diz que “configura abandono de cargo a ausência injustificada do funcionário ao serviço por mais de 30 dias consecutivos.”
César França, da Serh, apontou que irregularidades verificadas no decorrer do processo podem gerar penalidades. “Se não quer trabalhar, dá a vaga para outro. Isso prejudica o funcionamento do órgão público”.
- Denúncias, reclamações, elogios e sugestões podem ser feitas na Ouvidoria da Prefeitura de Maringá, pelo telefone 156 ou pelo site.
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