Os dirigentes da Sanepar tentaram, debateram, argumentaram, mas o projeto de lei do vereador Flávio Mantovani (PPS) dispondo sobre a obrigatoriedade de instalação de eliminadores de ar nos cavaletes de água, quando solicitado pelo titular da unidade consumidora, foi aprovado em segunda discussão na sessão da Câmara desta-terça (6/3).
Com apenas 13 vereadores presentes – pois o presidente Mário Hossokawa (PP) está afastado por problemas cardíacos e o vereador Jean Marques (PV) justificou ausência por compromissos oficiais em Curitiba -, o projeto de lei de Mantovani recebeu 11 votos. O vereador Homero Marchese (PV) votou contra e o presidente da sessão, Mário Verri (PT), não votou.
A matéria prevê que os custos da instalação nos cavaletes já existentes serão dos consumidores, mas para as novas unidades deverão ser entregues com o equipamento, bancado pela própria companhia. A tendência, depois de duas aprovações unânimes, é que o projeto de lei também passe em terceira e siga para sanção ou veto do prefeito Ulisses Maia (PDT).
Falta de eficiência e risco de contaminação da água
O gerente-geral da Sanepar para a região noroeste, Sérgio Veroneze, que esteve presente à sessão com o gerente-regional de Maringá, Valteir Galdino da Nóbrega, argumentou que as redes de água contam com 40 eliminadores de ar, reafirmou que não existem equipamentos eficientes no mercado, com certificado do Inmetro e alertou para o risco de contaminação da água, tanto da unidade quanto da rede.
Os dois também lembraram que nos últimos sete anos a Sanepar esteve entre as cinco melhores cidades brasileiras em termos de saneamento básico, segundo ranking da ONG Trata Brasil, e citou alguns investimentos feitos recentemente na cidade. Também recorreu à questões legais, para evitar a aprovação da matéria, mas não demoveu os vereadores.
Mais pontos de atendimento presencial ao público
Em segunda discussão foi aprovado, por 12 votos, projeto dos vereadores Flávio Mantovani, Alex Chaves (PHS) e Carlos Mariucci (PT) tornando obrigatório às empresas concessionárias de serviços públicos essenciais, instaladas em Maringá, disponibilizar um ponto de atendimento presencial para cada grupo de 100 mil habitantes.
O projeto afeta basicamente a Sanepar e a Copel e os pontos de atendimento das concessionárias deverão ser instalados nas quatro regiões do município, de modo a facilitar o atendimento da população. Diz o texto que “o não cumprimento da presente lei sujeitará o infrator às seguintes penalidades: advertência e multa no valor de R$ 10 mil, dobrada a cada nova reincidência”.
- Primeira atualização foi feita às 14h30 desta terça-feira (6/3), com a inclusão das informações sobre o projeto dos pontos de atendimento às concessionárias de serviços públicos essenciais.
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