Cerca de 1,7 mil maringaenses têm direito a voto nas eleições italianas. E o Paraná tem uma candidata: Renata Bueno

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Cerca de 1,7 mil maringaenses vão ajudar a eleger quatro deputados e dois senadores da América do Sul para o Parlamento Italiano. Na região, o número de eleitores ítalo-brasileiros sobe para 3 mil, no Paraná vai a 30 mil e no Brasil chega a 350 mil.

As cédulas já estão chegando nas casas desses cidadãos, que deverão preencher e despachar o documento “o mais rápido possível” para o Consulado da Itáia. O prazo expira no próximo dia 29, pois até 4 de março, dia das eleições na Itália, deverão estar lá.

O Paraná tem a primeira deputada ítalo-brasileira eleita pelo Parlamento Italiano, Renata Bueno, que é candidata à reeleição e nesta sexta-feira de Carnaval esteve em Maringá, para prestar contas do que fez nos últimos cinco anos e, claro, pedir votos.

Renata é filha do deputado federal Rubens Bueno (PPS) e reside na Itália desde os tempos de estudante. Formada em Direito, fez mestrado e doutorado na Universidade de Roma. E, nos últimos anos, esteve à frente de conquistas interessantes para brasileiros e italianos.

Citou, por exemplo, a validação da carteira de habilitação brasileira na Itália e a da italiana no Brasil. “Levei para a Itália a Lei Rouanet, que se tornou o primeiro artigo na lei da reforma cultural italiana e já possibilitou a restauração do Coliseu”, disse Renata.

Também atuou na desburocratização dos processos para brasileiros com descendência italiana obter a dupla cidadania. “A validade dos documentos brasileiros hoje é quase automática”, observou.

Extradições de Henrique Pizzolato e de Cesare Battisti

Renata lembrou da sua luta pela extradição do ex-presidente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado na Operação Lava Jato e que, no momento, trabalha para reverter a posição do ex-presidente Lula no caso Cesare Battisti, condenado na Itália por homicídios.

Nessas eleições, Renata Bueno concorre por um partido que nasceu aqui no Brasil, o Passione Itália. “Nossa chapa precisa fazer pelo menos 50 mil votos na América do Sul para ter uma vaga no Parlamento”. Há cinco anos, ela foi eleita com cerca de 20 mil votos.

“Também estou fazendo campanha em outros países e minha chapa tem como candidata ao Senado Helena Montanarini”, disse. E ao ser questionada porque não se candidatou a senadora, sorriu e respondeu que “lá a lei exige que se tenha mais de 40 anos”.


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