Parte da Avenida Comendador Amorim Pedrosa Moleirinho voltará a se chamar Avenida Itororó. Foi o que aprovaram os vereadores de Maringá na manhã desta terça-feira (6/2). O projeto atende aos anseios dos comerciantes e moradores da via e não desagrada os familiares do Comendador, homenageados com a nomenclatura em 2016.
Com a aprovação do projeto, a via volta a se chamar Avenida Itororó no trecho entre o Teatro Marista e o condomínio Vivace Residence Club, próximo ao cruzamento com a Avenida Juscelino Kubitschek. A partir do residencial até a Avenida Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, a via continuará a levar o nome do Comendador Amorim Pedrosa Moleirinho.
A proposta foi apresentada pelos vereadores Mário Hossokawa (PP) e Belino Bravin (PP). Segundo o presidente da Câmara de Maringá, a proposta corrige um erro que poderia ser questionado na Justiça. “Na gestão passada, a Câmara mudou o nome desta avenida de forma irregular”, disse Hossokaws.
O vereador explicou que o regimento e a lei orgânica não permitem a mudança de nome em vias que levam o nome de pessoas, data histórica ou fato histórico como foi a batalha de Itororó, travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai em 1868.
Além disso, a Câmara apresentou em 2016 um parecer jurídico contrário ao projeto de lei e não houve assinatura de 70% dos moradores, como exige a legislação. O projeto da legislatura passada foi apresentado pelos vereadores Da Silva, Belino Bravin e Manoel Sobrinho.
Com a proposta aprovada, a Avenida Itororó e a Rua Bahia, no prolongamento da Itororó, passaram a ser denominadas Avenida Comendador Amorim Pedrosa Moleirinho. Foi uma forma de homenagear o empresário português que começou a carreira em Maringá com um açougue e em pouco tempo investiu em um frigorífico e outros negócios agropecuários.
Mudança na Itororó motivou polêmica com moradores
A decisão tomada pelos vereadores em 2016 causou polêmica. Os moradores ficaram insatisfeitos com a mudança e ameaçaram ir à Justiça conta a lei se nada fosse feito. “Da forma como foi aprovado eles [moradores] iriam conseguir”, disse Hossokawa.
Segundo o presidente, várias reuniões foram feitas com os moradores e o filho do comendador homenageado. Os familiares insistiam em manter a homenagem, mas concordaram em aceitar o novo projeto de lei, até para evitar mais polêmicas.
“O Comendador foi uma pessoa que fez muito pela cidade. Foi presidente da ACIM, recebeu título cônsul honorário de Portugal aqui em Maringá e gerou muitos empregos e tributos. Ele reconhecidamente merece a homenagem”, afirmou.
Troca de endereço e dor de cabeça
A dona de um empreendimento localizado há mais de dez anos na avenida, que preferiu não se identificar, comemorou a decisão da Câmara. “Fica bem melhor. Todo mundo que a gente fala já conhece a Itororó. É um nome fácil e curto. Você pode passar para o cliente que ele vai lembrar”, disse.
A empresária afirmou que logo após a mudança, houve problemas com a entrega das correspondências e as encomendas demoravam ou tinham que ser buscadas nos Correios.
“Nossos boletos estavam todos com o nome da Avenida Itororó e como mudou o nome da via, a gente acabou esquecendo de atualizar. Em alguns casos, tivemos que pagar os boletos com multa, porque chegaram atrasados”, contou.
O projeto será votado em segunda discussão na sessão da Câmara de Maringá desta quinta-feira (8/2). Se não sofrer nenhuma emenda, o projeto segue para sanção do Prefeito Ulisses Maia (PDT).
PPP da iluminação é rejeitada
Na sessão desta terça-feira, os vereadores rejeitaram por 10 votos a 5 o projeto de lei de autoria do Poder Executivo que autorizava a implementação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para modernizar o sistema de iluminação pública da cidade. Com a PPP, também se previa a implantação do chamado Cidade Inteligente.
Na reunião, também foi aprovado por 14 votos, o projeto de lei complementar do Executivo que amplia o número de cargos efetivos de auditor de controle interno e procurador municipal. Com o projeto, o número de auditores aumentará de três para cinco e o de procuradores municipais de 23 para 25.
Os vereadores também decidiram retirar da pauta, por três sessões consecutivas, o projeto de lei do executivo que estabelecia que o percentual mínimo de 10% dos cargos em comissão fossem ocupados por servidores públicos efetivos de Maringá. O projeto da prefeitura para criar a Gestão de Resíduos de Arborização Urbana (GRAU) também foi retirado da pauta por tês sessões.
Aprovado em primeira discussão, em votação apertada, a Câmara de Maringá decidiu arquivar o projeto do vereador Chico Caiana (PTB) sobre a confecção do Cartão Passe Fácil. A proposta responsabilizava as empresas que vendiam o cartão de enviar as informações do usuário cadastrado à empresa concessionária do transporte coletivo.
Já o projeto do vereador Homero Marchese (PV) que torna obrigatória a publicação, no Portal da Transparência, da quantidade mensal de horas extras nos serviços públicos e do montante pago, foi aprovado em segunda discussão e segue para sanção do Executivo.
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