Os vereadores de Maringá decidiram retirar da pauta, na manhã desta quinta-feira (1/2), por três sessões o projeto de lei que propõe o trabalho voluntário dos médicos no município. A proposta é do vereador Odair Fogueteiro (PHS) e o assunto voltará a ser debatido em plenário na quinta-feira (15/2).
A decisão de adiar a votação foi tomada pelos vereadores em reunião reservada no meio da sessão. A suspensão dos trabalhos foi solicitada pelo autor do projeto, logo após ele fazer um discurso com as justificativas da proposta.
Fogueteiro afirmou que a ideia surgiu durante a realização do gabinete itinerante, projeto desenvolvido nos bairros pelo vereador. “É um projeto simples, não tem dificuldade de entendimento. Num destes gabinetes itinerantes, um médico atuante do município fez a sugestão. O Dr. Arnoldo de Oliveira Júnior me questionou. Por que não apresenta um projeto para que o município possa ter médicos voluntários onde faltam médicos?”, afirmou o vereador.
Fogueteiro ressaltou que “ninguém será obrigado a trabalhar como voluntário”, assim como médicos que atuam voluntariamente em outros países não têm esta obrigação. “O que é ser um médico voluntário? É quem quer ajudar”, disse.
O vereador lembrou, ainda, do deputado estadual Dr. Batista (PMN), que também seria um médico voluntário. “Sempre fez este trabalho na minha família”, afirmou.
A justificativa de Fogueteiro é que o projeto de lei dará direito ao município de fazer um contrato com estes profissionais que desejam fazer o trabalho voluntário. “O Dr. Arnoldo se colocou à disposição. Disse que faz questão de ser o primeiro a se inscrever e que irá dedicar algumas horas do dia.”
Diante do receio dos colegas e da repercussão, o vereador pediu o apoio para que o projeto não seja arquivado pelo Poder Legislativo. “Não vejo dificuldade do projeto ser aprovado. Vamos aprofundar o debate para que o projeto não venha a morrer e se torne uma realidade”, pediu.
Em meio ao discurso de Fogueteiro, Chico Caiana (PTB) parabenizou a iniciativa e disse que irá apoiar a proposta.
Nomes em placas é aprovado em primeira discussão
A proposta do vereador Sidnei Telles (PSD), de obrigar a identificação do engenheiro e do arquiteto responsáveis por obras públicas, nas placas de inauguração foi aprovado em primeira discussão. O projeto volta a ser analisado na terça-feira (6/2).
De autoria de Homero Marchese (PV) foi aprovada a obrigatoriedade da publicação no Portal da Transparência do município, a publicação da quantidade mensal de horas extras pagas mensalmente pela administração aos servidores.
A Câmara também aprovou a proposta de Onivaldo Barris (PHS), de instituir a Política de Desenvolvimento do Turismo Rural em Maringá.
E numa votação apertada, com aprovação por oito votos, os vereadores aprovaram mudanças em relação ao cartão Passe Fácil. A proposta é que o ponto de recarga e/ou venda dos cartões se tornem responsáveis pelo envio das informações do usuário cadastrado à empresa responsável pela prestação do serviço.
O principal receio do líder do prefeito Jean Marques (PV) é que a medida possa gerar custos na planilha. O projeto volta a ser discutido na sessão de terça-feira (6/2).
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