Representantes de conselhos municipais, jornalistas e até promotor depõem na CP nesta quarta-feira

Compartilhar

Nesta quarta-feira (1/11), a partir das 8h30, começa uma nova rodada de depoimentos de testemunhas arroladas pela defesa na Comissão Processante (CP) que investiga a quebra de decoro parlamentar do vereador Homero Marchese (PV). Representantes de conselhos municipais, jornalistas e até um promotor de Justiça foram convocados a falar.

De acordo com a agenda divulgada pela Câmara Municipal, o primeiro depoimento será do conselheiro tutelar Carlos Bonfim. Depois, será a vez do membro do Conselho Municipal de Educação, Paulo André de Souza, responder aos questionamentos de Marchese e do advogado Valter Akira Iwazaki, além do presidente da CP, William Gentil (PTB), relator Carlos Mariucci (PT) e do membro Chico Caiana (PTB).

Ainda no período da manhã, está marcada a participação de Eloacy Maria Prado Tavares –  também ligada aos conselhos municipais – ela é assistente técnica do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do funcionário do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Guilherme Vieira. Como trabalha em Curitiba, o depoimento de Vieira será realizado por meio de videoconferência, mas é bem possível que a oitiva seja adiada.

Para o período da tarde, após às 14 horas, mais cinco pessoas foram convocadas. A primeira a ser ouvida é a representante do Conselho Municipal de Educação, Silvana Valin de Oliveira. Depois, será a vez de Sueli Marcelino Ribeiro, ex-diretora de uma escola municipal. A terceira oitiva é com o promotor de Justiça Adriano Zampieri Calvo, titular da Vara da Infância e da Juventude, onde trabalha com adolescentes infratores.

Os dois últimos depoimentos do dia são do jornalista e blogueiro Angelo Rigon e do jornalista e ex-assessor de Homero Marchese, Ézio Ribeirete – pivô de uma das três denúncias das quais o vereador é investigado na comissão.

Vereadores podem decidir se votam ou falam

Os vereadores Mário Hossokawa (PP), Mário Verri (PT) e Jean Marques (PV), arrolados como testemunhas de defesa de Homero Marchese, terão liberdade para escolher se prestam o depoimento ou não.

Se optarem por não falar, eles mantém o direito ao voto do relatório final da CP. Mas se optarem por depor, terão de abrir mão de votar. “Sou um dos julgadores, como vou ser testemunha? Já comuniquei inclusive”, afirmou Hossokawa.

O prefeito Ulisses Maia (PDT) também foi indicado como testemunha pela defesa de Marchese. Pelo cargo que ocupa, tem a prerrogativa de escolher o dia, horário e local do testemunho.

A CP foi instalada no dia 5 de outubro, com aprovação de 11 vereadores. O prazo máximo para os vereadores chegarem a uma conclusão é de 90 dias, contados a partir da comunicação de sua instalação, ou seja, 6 de outubro. Quanto mais o processo se arrastar, melhor para Marchese. 

Na sexta-feira (27/10), primeiro dia de depoimentos, foram ouvidos o presidente do PV e secretário de Meio Ambiente, Ederlei Alkamin, que assina a denúncia, e a secretária de Educação, Valkíria Trindade. O servidor público Lucas Barbosa (PV), única testemunha arrolada pela acusação foi liberada pela CP após dizer que seria inimigo de Marchese.


Compartilhar

Autor

Notícias Relacionadas