Assessor parlamentar preso com propina em Maringá será exonerado “ainda hoje”, diz deputado Marcio Nunes

  • O deputado estadual Marcio Nunes (PSD), de Campo Mourão, disse na manhã desta sexta-feira (20) que vai exonerar o seu assessor parlamentar Vanderley Borgert “ainda hoje”.

    O assessor foi preso em flagrante por corrupção passiva na quinta-feira ao sair da churrascaria BR-3 de Maringá portando um envelope com R$ 5 mil em dinheiro e cheque, que seriam de propina paga por um gestor municipal da região.

    Nunes, que nesta manhã estava em Campo Mourão, disse que foi surpreendido pela notícia da prisão de Borgert e afirmou não ter “absolutamente nenhuma relação” com a atitude do assessor.

    “Foi uma ação isolada dele. Se ele praticou alguma atitude ilícita, vai ter que pagar. A mim não cabe outra coisa a não ser a exoneração”, afirmou.

    Disse que até a nomeação de Borgert, em outubro de 2105, “não havia nada que o desabonasse. Ele é filho de vereador de Nova Tebas, irmão de um vereador no mesmo município e casado com uma professora”.

    Defesa aguarda inquérito para tomar providências

    Já o advogado de Borgert, o vereador maringaense Paulo Rogério do Carmo, disse agora de manhã (8h40)  que ainda não teve acesso ao inquérito. “Ainda não foi lançado no sistema da Justiça”, disse.

    Do Carmo, que acompanhou o depoimento do cliente na 9ª SDP, para onde os delegados de Loanda e Nova Londrina encaminharam o suspeito preso, disse que Borgert “optou pelo direito de permanecer em silêncio”.

    A legislação estabelece um prazo de 24 horas para a Justiça ser informada sobre prisões em flagrante, quando então o inquérito é disponibilizado no Projudi – sistema processual eletrônico.

    Borgert é suspeito de cobrar propina de gestores municipais da região para agilizar a doação de bens para as prefeitura por parte da Receita Federal. No caso que o levou à prisão, tratava-se de um veículo.

    O gestor que fez o pagamento dos R$ 5 mil em posse do assessor colaborou com a polícia – foi ele que agendou o encontro. No envelope tinha R$ 1,5 mil em cédulas e R$ 3,5 mil em cheque, que não foi apreendido. Ficou com o gestor, já que era dele.

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