O governador Beto Richa sancionou, nesta segunda-feira (25), a lei que regulamenta a venda de cerveja e chope nos estádios durante jogos de futebol.
A assinatura foi acompanhada pelos dirigentes de vários clubes profissionais do estado, que deverão determinar pontos fixos para a comercialização das bebidas, que só poderão ser servidas em copos plásticos descartáveis.
Richa destacou que antes da sanção analisou o comportamento de outros estados que já permitem a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios e como ela reflete nos índices de violência.
O governador disse que a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) está desenvolvendo um sistema de biometria para ser implantado nos estádios, que “vai ajudar na identificação do torcedor e contribuir para inibir os atos de violência”, declarou.
Apenas cerveja e chope
A lei deixa claro, em seu artigo 3º, que as únicas bebidas alcoólicas que poderão ser vendidas nos recintos esportivos são a cerveja e o chope. A matéria determina, ainda, que 20% das bebidas comercializadas sejam artesanais e de produção paranaense.
A entrada de pessoas nos estádios portando qualquer tipo de bebida alcoólica é proibida.
O presidente do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (Sindiabrabar), Fábio Aguayo, informou que com a regulamentação das vendas serão criados cerca de 500 novos postos de empregos no estado.
O diretor do Londrina Esporte Clube, Eliseu Elias Silva, explicou que a intenção dos clubes é organizar uma campanha de sensibilização dos torcedores para o consumo consciente. “Tem que ser um trabalho coletivo para que a lei favoreça a todos”, declarou.
O vice-presidente do Paraná Clube, Christian Knaut, disse que os clubes vão ter que tratar com rigidez e compromisso a responsabilidade de administrar o consumo de álcool dentro dos estádios. “Temos que dar o exemplo e fazer com que o consumo seja responsável”, afirmou.
Autores do projeto de lei
O projeto de lei, aprovado em 29 de agosto pela Assembleia Legislativa, foi proposto pelos deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi, Stephanes Junior, Ademir Bier, Pedro Lupion, Márcio Pauliki, Tiago Amaral, Fernando Scanavaca, Márcio Nunes, Nelson Justus e Anibelli Neto.
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