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A inteligência artificial (IA) já é realidade na prática jurídica, mas seu uso exige preparo, responsabilidade e ética. Em entrevista ao podcast Ponto a Ponto, o presidente da OAB Maringá, Pedro Henrique Souza, falou sobre os impactos da tecnologia na advocacia e destacou ações da entidade para garantir que os profissionais estejam aptos a lidar com essa nova ferramenta.
Pedro Henrique fez uma retrospectiva das grandes transformações vividas pela advocacia nas últimas décadas, desde a era do papel até o processo eletrônico e a popularização da internet. “No começo, foi difícil. O processo eletrônico assustou, mas logo vimos que, com capacitação, tudo melhora. Com a IA será igual: é preciso entender que é uma ferramenta e que precisa ser usada com responsabilidade”, explicou.
O presidente citou exemplos recentes de uso equivocado da tecnologia, como petições produzidas com auxílio da IA que incluíram jurisprudências inexistentes, sem revisão posterior, além de relatos de decisões judiciais elaboradas exclusivamente por sistemas automatizados. “A inteligência artificial chegou para ficar. Mas precisamos saber usá-la com critério, tanto na advocacia quanto nos tribunais”, alertou.
Como resposta a esse novo cenário, a OAB Maringá tem promovido uma série de ações educativas. Desde a gestão anterior, a subseção tem realizado atividades sobre IA e, atualmente, conta com uma comissão dedicada ao tema. O advogado Emílio Verri, que preside tanto a Comissão Local quanto a Comissão Estadual de Estudos em Inteligência Artificial Aplicada ao Direito, lidera uma série de cursos voltados à advocacia paranaense em parceria com a Escola Superior de Advocacia (ESA).
“É uma rodada de capacitação que está passando por todo o Paraná. O curso ajuda os profissionais a entenderem como usar a IA com consciência, segurança e eficiência. É preciso se aperfeiçoar para saber manusear a ferramenta”, destacou Pedro Henrique.
Além disso, a própria OAB Maringá está implantando soluções internas baseadas em IA para melhorar sua comunicação com os advogados e a sociedade. “A gente ainda tem dificuldades de comunicação. A inteligência artificial pode nos ajudar nisso, tornando as informações mais acessíveis e ágeis”, afirmou.
O presidente da subseção encerrou a reflexão destacando que o desafio é grande, mas necessário. “Vamos ver o que o futuro nos reserva. Mas não dá mais para ignorar o papel da tecnologia. Precisamos nos preparar.”
Veja muito mais na entrevista completa
A entrevista completa com Pedro Henrique Souza está disponível no podcast Ponto a Ponto, gravado no V Mark Estúdio em parceria com o Maringá Post. Para assistir à conversa na íntegra e acompanhar outras ações da OAB Maringá, acesse o episódio completo no canal do Youtube.
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