A Petrobras confirmou, através de entrevista coletiva virtual na quarta-feira (26), a renovação por mais um semestre do patrocínio ao esporte olímpico e paralímpico. Segundo a estatal, o investimento, desde 2018, no ciclo dos Jogos de Tóquio, foi de aproximadamente R$ 11 milhões.
No encontro virtual com a imprensa estiveram presentes oito dos 22 membros do Time Petrobras. Darlan Romani, do arremesso do peso, foi um dos atletas que atendeu a imprensa. O catarinense falou sobre os efeitos do novo coronavírus (covid-19), que contraiu recentemente, e sobre a expressiva marca alcançada pelo americano Ryan Crouser no último final de semana. O campeão olímpico na Rio 2016 alcançou a marca de 23,01 metros e se tornou o terceiro atleta na história a ultrapassar os 23 metros.
“Ele é a grande esperança de quebra do recorde mundial, que é de 23,12 metros. É claro que é um adversário muito forte para Tóquio, mas tudo pode acontecer. É questão de um segundo que pode mudar toda a vida do atleta. Prova disso foi o último Mundial. Eu estava com a medalha garantida até o último arremesso e acabei ficando de fora do pódio no detalhe. A minha preparação foi um pouco prejudicada também nas últimas semanas, pois acabei pegando covid-19. Mas agora estou completamente recuperado e pronto para brigar pela medalha em Tóquio”, disse o arremessador.
A dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeã olímpica na classe 49fx nos jogos do Rio de Janeiro, também participou do evento diretamente da Espanha, onde segue se preparando para a Olimpíada de Tóquio. Elas falaram sobre as lembranças da conquista de cinco anos atrás e as diferenças das duas edições olímpicas.
“Na verdade, dou uma olhada na medalha do Rio de Janeiro bem de vez em quando. Só para ter certeza de que ela continua bem guardada lá em casa. O nosso foco está totalmente nessa campanha. Não queremos ficar olhando muito para trás. Tento viver bem no presente. Precisamos focar no momento que estamos vivendo agora”, comentou Martine. “Aquela vitória no Rio de Janeiro foi sensacional, mas temos consciência de que a competição em Tóquio vai ser totalmente diferente. Estaremos longe de casa, sem a torcida e vamos contar com várias coisas que fogem do nosso controle para termos sucesso, como o clima, por exemplo”, completou Kahena.
O nadador paralímpico Daniel Dias, que vai se aposentar das piscinas após a Paralímpiada desse ano, também participou do evento e falou sobre a projeção que faz de um evento perfeito para sair de cena da melhor maneira possível após uma carreira tão exitosa. “A decisão da aposentadoria já tinha sido tomada há algum tempo. Por isso, imaginava poder me despedir em um cenário bem diferente do que estamos vivendo. Queria as arquibancadas cheias, mas é claro que agora quero entregar a minha melhor versão, dar o melhor de mim. Estive lá em Tóquio em 2018 e vi que todos estão esperando ansiosamente esses Jogos. Então, quero chegar lá e fazer o melhor possível para que a festa seja o mais completa possível”, declarou o atleta, que, em 16 anos de carreira, faturou 24 medalhas paralímpicas, 40 em Mundiais, e 33 em Parapan-Americanos, tendo 100% de aproveitamento desde 2007 em torneios continentais.
Além desses quatro atletas, também participaram do evento os velocistas paralímpicos Petrúcio Ferreira e Veronica Hipólito, o canoísta Isaquias Queiroz e o arqueiro Marcus Vinicius D’Almeida. Completam a equipe de atletas apoiados pela empresa a maratonista aquática Ana Marcela Cunha, as duplas de vôlei de praia Ágatha e Duda e Alison e Alvaro, os skatistas Pedro Barros e Letícia Bufoni, a boxeadora Bia Ferreira, os ginastas Arthur Nory e Flávia Saraiva, o triplista Almir Júnior, o halterofilista Fernando Reis, o judoca Antônio Tenório e a saltadora Silvânia Costa. Criado pela companhia em 2015, o projeto conquistou 20 medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
(Texto: Juliano Justo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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