Robert Scheidt venceu sua primeira regata no 2021 ILCA Vilamoura European Continental Qualification. Nesta quarta-feira (21), em Portugal, o bicampeão olímpico abriu o terceiro dia de disputas com um desempenho consistente para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. Na sequência, manteve a boa velocidade para terminar a segunda prova na vice-liderança. Com os dois resultados, o brasileiro subiu para a terceira posição na classificação geral da última competição oficial antes da Olimpíada de Tóquio.
Scheidt aparece no top 3 em Vilamoura com 20 pontos perdidos, já contando um descarte, a apenas um ponto do líder, o croata Filip Jurišić, e do vice-líder, o britânico Michael Beckett, ambos com 19pp. “Agora é descansar, me recuperar bem para a reta final da fase de classificação e chegar à medal race, no sábado. A competição tem sido bastante dura aqui em Vilamoura e a tendência é ficar ainda mais acirrada”, afirmou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela.
Robert tem conseguido ser regular na maior parte das regatas em Vilamoura. Em seis provas disputadas, fez top 3 em quatro delas. Abriu a disputa, na segunda-feira (19) com dois segundos lugares e nesta quarta fez primeiro e segundo. Seus piores desempenhos foram 13° e 18° na terça-feira (20), sendo que este último entra como seu descarte no 2021 ILCA Vilamoura European Continental Qualification, competição que reserva as últimas oito vagas para velejadores do continente. A fase de classificação segue até sexta-feira (23), com a flotilha dividida em dois grupos, com 60 barcos cada um.
Atrás do segundo título em 2021 – Em sua última competição antes de Vilamoura, no mês de março, Robert Scheidt conquistou o título da ILCA Coach Regatta Lanzarote, na Marina Rubicón, em Playa Blanca, no litoral do arquipélago das Ilhas Canárias, na Espanha. A vitória no campeonato promovido pelos treinadores veio após completar seis das oito regatas entre os top cinco. O título não foi seu primeiro pódio em 2021 nas Ilhas Canárias. Na primeira competição do ano olímpico, Scheidt conquistou o vice-campeonato no Lanzarote Winter Series, em fevereiro.
Recorde nos Jogos de Tóquio – Com vaga garantida na classe Laser para os Jogos do Japão, Robert Scheidt, que completou 48 anos na semana passada (dia 15 de abril), está prestes a disputar o maior evento esportivo do planeta pela sétima vez, um recorde entre os atletas brasileiros.
Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016, onde terminou na quarta colocação, mesmo vencendo a medal race. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro de 2020, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.
Maior atleta olímpico brasileiro – Em março de 2020, foi eleito o maior atleta olímpico do Brasil, em votação coordenada pela Rede Globo com os maiores medalhistas olímpicos do País. Na comemoração dos 100 anos de história do Brasil nos Jogos Olímpicos, no início de agosto deste ano, ficou em segundo lugar em votação de 100 jornalistas, atrás apenas de Adhemar Ferreira da Silva e à frente de Joaquim Cruz, seus ídolos que muito o inspiram.
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
181 títulos – 89 internacionais e 92 nacionais
Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
– Na Olimpíada Rio 2016, terminou em quando lugar, vencendo a medal race, televisionada para o mundo todo.
Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
– Integrante fundador da Star Sailors League, um circuito global de competições em franca ascensão, como uma ATP da vela, com ampla cobertura midiática. Scheidt foi o campeão da primeira edição, em 2013, ao lado de Bruno Prada, e vice-campeão em 2017 e 2018, com Henry Boenning.
(Assessoria)
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.