A partir de 4 de março, o dueto brasileiro formado por Laura Miccuci e Luisa Borges participa do Pré-Olímpico Mundial de nado artístico. O Classificatório acontecerá no Centro Aquático de Tóquio, mesmo local que abrigará as competições da modalidade nos Jogos Olímpicos. Na luta por uma das sete vagas em disputa, as atletas treinam há mais de seis meses em alta intensidade. O primeiro período de preparação ocorreu em Rio Maior, em Portugal, dentro da Missão Europa do Comitê Olímpico do Brasileiro. Depois, os trabalhos voltaram para o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro.
“Evoluímos muito nesse período. Não que já esteja tudo 100%, mas estamos caminhando para isso. Com alguns ajustes e uma maior intensidade na preparação física, estaremos prontas para o Pré-Olímpico”, diz a treinadora da seleção brasileira, Twila Cremona.
“O nado artístico é um esporte com alto grau de dificuldade. Não adianta treinar um mês e achar que vamos conseguir a vaga. É preciso um esforço diário, durante todo o ciclo olímpico, para chegar aos Jogos”, comenta Luisa Borges, há dez anos na seleção brasileira entre as categorias juvenil e adulta. Nessa década, ela já teve diversas parceiras na seleção. Uma delas, Duda Miccuci, é a irmã mais velha da atual parceira, Laura Miccuci.
Uma curiosidade é que, quando Duda e Luísa estiveram na Olimpíada do Rio, em 2016, Laura estava nas arquibancadas do Parque Aquático Maria Lenk, local das competições. Torcendo para a irmã e para as amigas, já planejava fazer parte do time brasileiro em Tóquio. “Sempre foi um sonho de criança, mas isso ficou ainda mais intenso depois que vi a minha irmã competir em 2016”, conta Laura, 20 anos, que estreou em Missões do Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.
Por causa da epidemia da covid-19, como prevenção, mais uma nadadora participa dos treinamentos da seleção brasileira: Maria Bruno. As atletas treinam de segunda a sábado, em dois períodos, no Maria Lenk. Além das atividades na piscina, elas são acompanhadas de perto pela equipe multidisciplinar do COB (preparadores físicos, nutricionista, massagista e médicos) e passam por avaliações periódicas no Laboratório Olímpico.
(Texto: Juliano Justo/Agência Brasil. Foto: Jonne Roriz)
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