No último final de semana, o cavaleiro brasileiro Rafael Lozano alcançou o índice olímpico no Concurso Completo de Equitação (CCE) do Hipismo, em torneio realizado em Burgham (Escócia). “Após o Pan de Lima, eu e minha égua Fuiloda G já havíamos obtido esse índice em duas provas CCI quatro estrelas na Itália. Porém, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), e a remarcação dos Jogos, a Federação Equestre Internacional determinou que os atletas deveriam revalidar as marcas. Então, decidi buscá-lo já, e consegui agora”, disse o atleta de 22 anos, que reside na Inglaterra, em entrevista à Agência Brasil.
“Deu tudo certo, a égua portou-se muito bem, e o resultado de 31,4 no adestramento, zero no salto e zero no cross, apenas com excesso no tempo, foi suficiente para o índice. Sou o primeiro brasileiro a confirmá-lo e aguardo a participação dos demais para saber qual será o time Brasil em Tóquio”, declarou.
O país conseguiu a vaga olímpica na prova após ser medalhista de prata no Pan de Lima, em 2019. Candidatos a uma vaga na equipe brasileira tem até o dia 21 junho do ano que vem para alcançarem o índice. A exigência da Federação Internacional da modalidade é que a marca seja obtida em um CCI cinco estrelas longo, ou um índice técnico em CCI quatro estrelas longo e 1 um em CCI quatro estrelas curto. A exigência técnica é que a dupla alcance 55% no adestramento, zere ou tenha no máximo 11 pontos nos obstáculos e não mais do que 75 segundos de excesso tempo (100 segundos em CCI cinco estrelas longo) e no salto não pode perder mais do que 16 pontos.
“Os conjuntos dos outros países já qualificados são de altíssimo nível, tanto cavaleiros como cavalos, e a disputa certamente será das mais equilibradas que já ocorreram. Sigo firme aqui na Inglaterra, trabalhando duro, para fazer uma ótima participação nos Jogos”, encerrou.
O CCE é composto por três provas: adestramento, no qual a dupla deve realizar uma série de movimentos em uma arena de 20 por 60 metros, cross-country, na qual o cavalo precisa superar entre 30 e 40 obstáculos artificiais e naturais através de um percurso predeterminado, e a prova do salto.
(Texto: Juliano Justo/Agência Brasil)
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