Não foi apenas a paulista Beth Gomes, do arremesso de peso e lançamento de disco, que cravou novos recordes durante o Meeting Paralímpico Brasileiro, que foi disputado neste fim de semana em São Paulo. Atletas de outras provas e modalidades também se destacaram naquela que foi a última etapa de um circuito que percorreu 16 capitais brasileiras.
O evento, que contou com disputas de atletismo, natação e halterofilismo, teve Mariana D’Andréa superando o recorde paralímpico na categoria até 73 kg no halterofilismo feminino. A atleta, atual campeã paralímpica da prova, levantou 141 kg, um a mais do que o registrado pela francesa Souhad Ghazouani nos Jogos do Rio (2016). No entanto, como só entram para essas estatísticas marcas que tenham sido alcançadas durante uma edição dos Jogos, o peso não contará como recorde. Ghazouani também é detentora do recorde mundial, com 150 kg.
Agora, a paulista viaja para competir na Copa do Mundo da modalidade, que acontece entre os dias 15 e 18 de dezembro, em Dubai (Emirados Árabes).
Em escala continental, a nadadora Lídia Cruz registrou tempos que se colocam como os melhores das Américas em duas provas da classe S4 (comprometimento físico-motor): os 100 e os 200 metros livre.
Nos 100, a carioca marcou 1min25s51, superando o recorde anterior (1min25s85), que pertencia à mexicana Nely Edith Herrera (alcançado em 2017).
Já nos 200 metros, Lídia superou a si própria, completando em 3min06s59, mais de três segundos à frente do que havia alcançado em abril deste ano (3min09s85), também em São Paulo.
Por último, teve marca expressiva em caráter nacional no salto em distância. Paulo Henrique Andrade dos Reis saltou 7,14 metros na prova da classe T13 (para atletas com deficiência visual) e se tornou o primeiro brasileiro a superar a marcar dos 7 metros na história.
(Texto: Igor Santos/Agência Brasil. Foto: Ale Cabral/CPB)