Chegar aos Jogos da Juventude e representar o estado de origem sempre é um grande desafio para os atletas do Brasil. Conseguir isso ao lado da irmã gêmea é algo ainda mais raro – e especial. Em 2022, quem pode se orgulhar desse feito são as irmãs Naeli e Naemi, de apenas 15 anos, do Pará.
Naturais de Moju, cidade de cerca de 80 mil habitantes, que fica a 60km da capital da Pará, elas levaram a parceria da vida para as quadras de vôlei de praia. Mesmo que nem sempre a convivência nas areias seja 100% amistosa.
“Temos uma conexão, que facilita muito. A gente sempre faz o nosso jogo, mas muitas vezes nos estressamos com a outra, já que somos irmãs, e isso é um pouco chato. Ela é muito cabeça dura, aí batemos muita cabeça com isso (risos). Mas a parceria dá certo. Estamos compartindo essa vivência juntas”, conta Naemi.
“É difícil, a gente fica cobrando. Eu conheço ela, é minha irmã e vou cobrar dela. É difícil jogar com uma irmã. Mas a parceria é tudo”, falou Naeli.
Entre as dificuldades e benefícios de jogar ao lado da irmã gêmea, existe um sentimento em ambas que é soberano: o orgulho por estarem nos Jogos da Juventude. Independentemente do resultado negativo – elas foram eliminadas neste domingo na primeira fase – isso é algo que não muda.
“Estou orgulhosa de estarmos aqui hoje. Não são todas meninas de 15 anos que conseguem chegar onde estamos. A gente passou por muita coisa pra chegar aqui. Estamos muito orgulhosas de estarmos aqui, mesmo com a derrota”, explica Naemi.
As duas treinam diariamente na quadra da escola onde estudam em Moju. Agora, o foco é conseguir se preparar cada vez mais para repetir o feito de 2022 e retornar aos Jogos da Juventude.
“Sim, nós queremos voltar e vamos conseguir fazer um papel melhor do que fizemos hoje. A gente treina das 17h às 18h todos os dias, mas queremos treinar mais. Espero que tenha próximas. Foi uma chance muito legal estar aqui”, completa Naeli.
(Texto: COB. Foto: Alexandre Loureiro/COB)