Ana Marcela Cunha não se cansa de conquistar títulos e medalhas. E poucos dias depois de ganhar dois ouros e um bronze no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria, o pensamento dela já está em vencer mais provas.
Na sexta-feira, 1, a nadadora participou de uma live no Tik Tok do Time Brasil. E deixou bem claro seu desejo de seguir no topo.
“O céu é o limite, e esse limite é infinito. Não temos que colocar limites. A gente não trabalha com isso, a gente quer tudo, quero ganhar tudo, vencer, estar no máximo. E o mais importante é estar feliz. E eu estou feliz. Enquanto estiver feliz, vale a pena fazer o que você faz. Quando passar a ser um sacrifício, aí é o momento de mudar. Estando feliz, vou dar meu 100% todo dia”, falou ela.
No Mundial de Budapeste, Ana Marcela ganhou as provas de 5km e 25km nas águas abertas. Agora ela coloca a prova de 10km, na qual ficou com o bronze, como seu principal objetivo.
“Fica engasgado, tudo tem um propósito. Foi bom sair com a medalha, mas fica o gosto de quero mais e isso que nos incentiva. Meu objetivo para os próximos é ganhar esse bendito ouro nos 10km. Vamos enxugar as competições, estou com 30 anos, é mais difícil manter o alto nível. Nosso foco vai ser nos 10km”, explicou.
Apesar do desempenho vitorioso em Budapeste, a nadadora revelou que sofreu com uma lesão no ombro pouco antes do Mundial e teve que acelerar o processo de recuperação para conseguir competir.
“Cada medalha tem sua história. Todo mundo acha que é só maravilha, mas todo atleta tem altos e baixos. Eu estava muito bem, mas tive depois da etapa de Setúbal, que foi uma prova muito forte, muitas dores no ombro. Tive que recuperar muito rápido, eram 28 dias de diferença. Eu não conseguia mexer meu ombro, levantar esse braço. Foi superação e recuperação. Tenho que enaltecer o trabalho de todos. Eu sou a motorista do caminhão, mas eu levo todo mundo. São todos juntos. Cada pessoa tem sua parcela de ajuda. Esse Mundial foi isso, superação e recuperação”, contou.
Ana Marcela Cunha ainda terá neste ano outro importante desafio: os Jogos Sul-Americanos. Oito anos depois de ter participado da competição pela última vez, em Santiago, ela acredita que terá uma função diferente na edição de 2022, em Assunção.
“O Brasil vai sempre muito bem. É muito importante levar os mais jovens, eles chegam com essa troca para os outros eventos depois, como Jogos Olímpicos. Hoje estou nesse lado de estar com os mais novos, passar experiência, mostrar como que é. Faz muito tempo que não nado nos Jogos Sul-Americanos. Vou levar a sério como todas as competições. Nosso objetivo é ganhar, respeitando todas. Chego como uma campeã olímpica, é bem diferente estar neste outro lado”, completou.
Com o ótimo desempenho em Budapeste, Ana Marcela chegou a 15 medalhas conquistadas em Mundiais – sete de ouro, duas de prata e seis de bronze. Além disso, a atleta, que usa as instalações do Centro de Treinamento do Comitê Olímpico do Brasil para se preparar, foi campeã olímpica da maratona aquática em Tóquio.
(Texto: COB. Foto: FINA)
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