Os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim (China) começaram oficialmente na sexta-feira (4) com uma emocionante cerimônia de abertura no estádio Ninho do Pássaro pela manhã. A solenidade com show de luzes, música e apresentação de artistas com deficiência foi marcada por uma recepção calorosa a atletas ucranianos e um incisivo apelo à paz proferido pelo brasileiro Andrew Parson, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), em referência à guerra na Ucrânia. O país foi invadida por forças militares russas no último dia 24. A cerimônia no Ninho do Pássaro contou com a presença do presidente chinês Xi Jinping.
“Esta noite, eu quero e preciso começar com uma mensagem de paz. Como líder de uma organização em que a inclusão é um de seus principais valores, as diversidades são celebradas, e as diferenças, abraçadas, eu estou horrorizado com o que está acontecendo no mundo neste momento. O século XXI é um momento de diálogo e diplomacia. Não de guerra, não de ódio. A Trégua Olímpica durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma resolução da Organização das Nações Unidas. E precisa ser observada e respeitada”, disse o dirigente brasileiro.
Os atletas ucranianos desfilaram sob uma chuva de aplausos, após enfrentarem dificuldades para embarcar, em meio ao conflito no país de origem, após a invasão por forças militares russas.
Após o desfile da Ucrânia, foi a vez do Brasil desfilar na cerimônia de abertura. Os esquiadores Aline Rocha e Cristian Ribera foram os porta-bandeiras do país na cerimônia de abertura, representando a delegação nacional que conta com outros quatro atletas em Pequim.
A festa de abertura chegou ao fim com o acendimento da pira pelo ex-atleta chinês Li Duan, multimedalhista no atletismo paralímpico, e com uma exuberante queima de fogos de artifício.
Os Jogos Paralímpicos de Inverno reunirão 564 atletas de 46 países até 13 de março, último dia de competição. Atletas da Rússia e Bielorrúsia foram excluídos da competição, por decisão do IPC, em decorrência da invasão russa na Ucrânia.
(Texto: Lincoln Chaves/Agência Brasil)
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