A segunda etapa da seletiva da seleção brasileira de atletismo paralímpico para os Jogos de Tóquio (Japão) teve início nesta terça-feira (15) no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com quebra de recorde mundial. Campeã mundial do lançamento de disco na classe F52 (cadeirantes), Beth Gomes registrou 16,92 metros, batendo a marca anterior, que era dela mesma, em três centímetros.
“Vim participar focada na preparação para Tóquio. O recorde [mundial] veio, mas não estava esperando. É consequência dos lançamentos. Este encaixou e estou muito feliz. Espero fazer meu melhor em Tóquio e trazer a tão sonhada medalha seja ela qual for a cor, mas estou trabalhando muito para trazer a douradinha”, celebrou a lançadora, que foi diagnosticada com esclerose múltipla em 1993, em depoimento ao Twitter oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O Brasil tem 54 vagas paralímpicas no atletismo, sendo que 13 pertencem aos campeões mundiais de 2019, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), como é o caso de Beth. Os demais 41 lugares estão em disputa na seletiva, cuja segunda etapa vai até sábado (19) e reúne atletas de meio fundo, fundo, saltos e provas de campo.
Nesta terça (15), dois atletas alcançaram índice para Tóquio e aguardam o término da seletiva e a homologação dos resultados junto ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para terem os respectivos nomes confirmados na delegação. No arremesso de peso, Emanoel Victor (F37, paralisia cerebral) alcançou a marca de 14m58, oito centímetros acima do mínimo exigido. Izabela Campos, por sua vez, cravou 35m60 no lançamento de disco da classe F11 (cego total). O índice era 35m41.
A primeira etapa da seletiva foi realizada entre terça-feira (8) e sábado (12) da semana passada, envolvendo apenas velocistas. Dois deles, ambos em classes para atletas com paralisia cerebral, alcançaram índices para Tóquio: Fábio Bordignon nos 100m (T35), e Ricardo Mendonça nos 200m (T37).
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