A seletiva de natação paralímpica para os Jogos de Tóquio entrou hoje (4) no terceiro dia. As disputas ocorrem no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), em São Paulo, e a partir das 17h (horário de Brasília), haverá transmissão ao vivo – finais dos 50 metros nada livre e dos 100m costas – no canal do Comitê Paralímpico Brasieiro (CPB), no Youtube, e também na página da entidade no Facebook.
Ontem (3), no segundo dia de competição, 13 atletas obtiveram índice para representar o Brasil na Paralimpíada. Contando os que alcançaram marcas na última quarta (2), já são 17 nadadores diferentes credenciados a competir na capital japonesa.
Eles precisam esperar o fim do evento, neste sábado (5), para confirmação da vaga. O Brasil terá 35 nadadores em Tóquio, sendo que quatro já haviam assegurado presença pela medalha de ouro conquistada no Mundial de 2019, em Londres (Inglaterra): Edênia Garcia (classe S4), Daniel Dias (S5), Wendell Belarmino (S11) e Carol Santiago (S12).
Vale lembrar que na natação paralímpica quanto menor o número das categorias para deficiência físico-motora (1 e 10) ou visual (11 e 13), maior o grau de comprometimento. A classe S14 inclui os competidores com deficiência intelectual.
Segundo dia de seletiva
Na manhã desta quinta (3), ainda na eliminatória, José Ronaldo da Silva completou os 50m costas em 1min26s33, 14 segundos abaixo do tempo máximo exigido na classe S1. Ele ainda quebrou o recorde das Américas em quase 12 segundos. Nas mesma provas e categoria, Gabriel Feiten cravou 1min31s75 e foi outro a estabelecer índice para Tóquio. Ainda nos 50m costas, mas na classe S2, Gabriel Geraldo nadou para 56s93 e se credenciou aos Jogos com bastante folga em relação à marca de corte, de 1min03s61.
“O aumento de atletas com deficiências severas é muito importante para o fomento do esporte para pessoas com este perfil de deficiência. Assim, pessoas que têm deficiências parecidas conseguem perceber que elas também podem alcançar seus sonhos, dentro de suas limitações, seja dentro do esporte ou não”, disse Fabiano Quirino, técnico da seleção brasileira paralímpica da natação, ao site oficial do CPB.
Ainda pela manhã, Douglas Matera (S13) fez 58s60 nos 100m borboleta, novo recorde das Américas da classe, obtendo o índice paralímpico, assim como Gabriel Bandeira (S14), na mesma prova, marcando inicialmente 57s41. À noite, na final, Bandeira não só melhorou o tempo em quase três segundos (54s64) – sendo mais um a quebrar uma marca continental na seletiva – como ficou a 18 centésimos do recorde mundial.
Também na eliminatória, Samuel Oliveira entrou no caminho de Tóquio ao completar os 50m borboleta em 36s90, abaixo dos 37s24 exigidos na classe S5. Já Gabriel Melone cravou exatamente o tempo que lhe era necessário (33s51) para conquista da vaga na classe S6 da mesma prova. Na final, ele reduziu a marca em 51 centésimos.
Nos 50m livre, Maiara Barreto marcou 1min05s55 pela manhã e bateu em cinco segundos o índice da classe S3. Mesma folga de tempo atingida por Laila Suzigan Abate nos 400m livre, ao nadar para 5min33s20 na classe S6.
À noite, mais quatro novos atletas cravaram marcas para Tóquio. O primeiro foi Ronystony Cordeiro (S4) nos 50m costas, com 47s52. Em seguida, Caio Amorim (S8) marcou 4min39s44 nos 400m livre e também se credenciou aos Jogos. Na mesma prova, Matheus Rheine foi quatro segundos mais rápido que o exigido (4min49s89) na classe S11. Por fim, Joana Neves (S5) atingiu o índice dos 50m borboleta com 46s68.
Eles de novo
Dois nadadores que já tinham atingido índice para os Jogos na quarta, nos 100m livre, repetiram a dose na quinta em outras provas. Talisson Glock nadou os 400m livre em 5min05s84, derrubando em quase dois segundos o antigo recorde das Américas da classe S6. Já Gabriel Cristiano se credenciou a competir também nos 100m borboleta, cravando 1min05s21.
(Agência Brasil)
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