Quatro brasileiros disputam, de hoje (3), as últimas vagas do tênis de mesa na Paralimpíada de Tóquio (Japão). A seletiva em Lasko (Eslovênia) ocorre até sábado (5), reúne mais de 200 inscritos e classifica os campeões das dez categorias para os Jogos. As partidas serão transmitidas no site oficial do evento.
Jennyfer Parinos, da classe 9 feminina, é a única do quarteto que já competiu em uma Paralimpíada. Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, ela foi medalhista de bronze por equipes ao lado de Danielle Rauen (também classe 9) e Bruna Alexandre (classe 10), que estão garantidas em Tóquio. Danielle foi campeã da respectiva categoria nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, enquanto Bruna se credenciou pela posição no ranking mundial.
Cláudio Massad (classe 10 masculina), Paulo Henrique Fonseca (classe 7) e Ecildo Lopes (classe 4) tentam chegar à Paralimpíada pela primeira vez. Único atleta cadeirante entre os brasileiros em Lasko, Ecildo é também o mais experiente, com 21 anos no alto rendimento. Em 2019, o potiguar de 57 anos foi o integrante mais velho da delegação do país em Lima, onde tinha que ser campeão para assegurar vaga direta em Tóquio. Na ocasião, caiu nas quartas de final para o chileno Maximiliano Rodriguez, que foi medalhista de bronze.
“É na mesa que se decide. Sobre o sonho de jogar uma Paralimpíada, tive oportunidade reais [entre 2008 e 2016]. O Parapan foi especial, mas não estava no nível psicológico que estou hoje. Psicológica, técnica e espiritualmente, estou em uma fase muito boa. Até pensei, pela idade, em desistir. Mas coloquei na cabeça: vou colocar na mão de Deus e trabalhar. Se for da vontade dele, estarei na seletiva e vou à Paralimpíada. E aqui estou”, emociona-se Ecildo em entrevista à Agência Brasil.
O Brasil tem dez atletas garantidos em Tóquio pelo ranking ou por terem vencido o Parapan. Além de Danielle e Bruna, estão assegurados Cátia Oliveira (classe 2 feminina), Joyce Oliveira (classe 4), Lethícia Lacerda (classe 8), Carlos Carbinatti (classe 10 masculina), Israel Stroh (classe 7), Luiz Manara (classe 8), Paulo Salmin (classe 7) e Welder Knaf (classe 3). Se o quarteto que está na Eslovênia também se classificar, a delegação terá 14 nomes na capital japonesa. Há cinco anos, quando o Brasil foi sede dos Jogos, foram 17.
(Agência Brasil)
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