O mineiro Marcelo Melo e a russa Vera Zvonareva estrearam com vitória de virada e estão nas oitavas de final das duplas mistas do Australian Open, em Melbourne, na Austrália. Na madrugada desta segunda-feira (15), Melo entrou em quadra duas vezes no Grand Slam. Antes de vencer e seguir em busca de um lugar nas quartas ao lado de Zvonareva, parou nas oitavas de final das duplas masculinas com o romeno Horia Tecau. Melo e Zvonareva voltam a jogar já no início da madrugada desta terça-feira (15), por volta de 0h30, diante da norte-americana Desirae Krawczyk e do britânico Joe Salisbury.
Assim, Melo e Tecau encerram com duas vitórias no Australian Open a dupla que formaram apenas para os dois torneios em Melbourne neste início de ano. Antes jogaram um ATP 250, o Murray River Open, vencendo na estreia e parando nas quartas de final. Agora, na sequência da temporada, Melo inicia a sua nova parceria para 2021 com o holandês Jean-Julien Rojer. O próximo torneio, o primeiro em que estarão juntos, será o ATP 500 de Roterdã, na Holanda, a partir do dia 1º de março.
O primeiro jogo desta segunda-feira foi válido pelas oitavas de final de duplas masculinas, com Melo e Tecau – cabeças de chave número 7 – enfrentando o croata Ivan Dodig e o eslovaco Filip Polasek – cabeças 9 -, que marcaram 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/3, em 1h26min, em uma partida muito disputada. Após o descanso, a estreia nas duplas mistas, com Zvonareva, vencendo de virada a chinesa Yifan Xu e o argentino Maximo Gonzalez por 2 sets a 1, parciais de 4/6, 6/3 e 10-7, em 1h16min.
“Eles começaram muito bem no primeiro jogo, quebrando. Conseguimos quebrar de volta até fazer 4/4. Aí tivemos duas ou três oportunidades de quebrar para passar na frente, 5/4 e saque. Depois nos quebraram em um game que estávamos sacando com 40/15. Então tivemos a nossa chance, não conseguimos aproveitar. E acabaram aproveitando de novo uma chance que tiveram no segundo set”, explicou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Volvo, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
“O primeiro set acabou dominando o jogo. Poderia ter sido 6/4 para nós, como foi para eles. Questão de uma bola ou outra. Foi de alto nível durante toda a partida. Faz parte, fizemos dois bons jogos. E agora é seguir adiante. Eu passo a jogar com Jean-Julien, a partir de Roterdã”, completou.
“Na mista, eu tinha jogado uma vez com a Vera já em Wimbledon. E hoje ganhamos um jogo muito difícil. Conseguimos virar depois de perder o primeiro set. No match tie-break também estávamos abaixo, 6-3. Foi legal. Agora amanhã jogamos na quadra grande, na Margaret. Então vamos aproveitar e ir com tudo, quem sabe com mais uma vitória”, afirmou.
Os jogos – Nas duplas masculinas, no set inicial, os adversários quebraram logo no segundo game, abrindo em seguida 3/0. Melo e Tecau buscaram a reação e conseguiram o break no sétimo game, deixando tudo igual. Mas, após um game longo, em que salvaram breaks, Dodig e Polasek voltaram a quebrar na sequência para vencer por 6/4. No segundo set, com uma única quebra, no sexto game, fazendo 4/2, o croata e o eslovaco administraram a vantagem até a vitória por 6/3.
Já nas mistas, no primeiro set, Xu e Gonzalez quebraram no quinto game, mas viram Melo e Zvonareva devolverem o break em seguida, empatando em 3/3. Só que com uma nova quebra, no nono game, os adversários recuperaram a vantagem e fecharam na sequência em 6/4 para sair na frente. No segundo, a reação de Melo e Zvonareva. Eles quebraram primeiro, abrindo 2/0, os adversários devolveram, 2/1, mas conseguiram mais um break para marcar 3/1 e vencer por 6/3, levando a decisão para o match tie-break. Xu e Gonzalez chegaram a marcar 6-3, quando Melo e Zvonareva buscaram a virada, empatando em 6-6 e seguindo para a vitória por 10-7.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou oito seguidas em 2020 -, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho de 2019, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Único brasileiro na história a ser número 1 do mundo em duplas.
Em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o polonês Lukasz Kubot, e no mês de outubro, no ATP 500 de Viena somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove ATP 500 e 15 ATP 250.
Três vitórias com Tecau em 2021 – Neste início de temporada 2021, Marcelo Melo tem três vitórias, ao lado do romeno Horia Tecau, contando com o resultado da estreia no Murray River Open e as duas no Australian Open, ambos em Melbourne.
Em 2020, Melo e Kubot somaram 22 vitórias, na estreia no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco, uma no Masters 1000 de Cincinnati, uma no ATP 500 de Hamburgo, uma na estreia em Roland Garros, três no primeiro ATP 250 e uma no segundo em Colônia, quatro em Viena, duas em Paris e uma no ATP Finals.
Marcelo, 37 anos, e Kubot, 38 anos, formaram parceria desde o início da temporada 2017, encerrada no final de 2020. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Em 2020, Melo e Kubot terminaram como a sétima melhor parceria do ano, com 2.340 pontos. No ranking mundial individual de duplas, pela oitava temporada seguida, Marcelo ficou entre os Top 10. No ano passado, foi décimo. Em 2019, sétimo. Em 2018, nono do mundo, primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2020
Título
ATP 500 – Acapulco (México), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
Vice-campeonato
ATP 250 – Colônia (Alemanha), rápida
Temporada 2019
Título
ATP 250 – Winston-Salem (EUA), rápida
Vice-campeonato
Masters 1000 – Indian Wells (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 500 – Beijing (China), rápida
Masters 1000 – Xangai (China), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
(Assessoria)
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