A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) confirmou nesta quinta-feira (4) que a franquia Cobras será a representante do país na Superliga Americana da modalidade (SLAR), principal torneio de clubes do continente sul-americano. O nome da equipe surgiu com a intenção de criar identificação entre a comunidade do rugby e a única franquia do país a disputar torneios internacionais. Uma das inspirações é a antiga expressão “a cobra vai fumar”, cujo exagero fantasioso significa realizar algo inusitado e de grande valor.
Para os atletas da equipe, que foram determinantes na escolha do nome, o ditado é um elemento motivador para todos surpreenderem e construírem uma bela história. “Estamos contentes com o batismo da franquia. O rugby nacional está passando por renovações e temos grandes desafios nesse começo de ano. Estamos fazendo nossa parte, treinando forte, progredindo a cada semana, para vencer com o Cobras e honrar nosso país em todas as competições”, comenta Felipe Sancery, capitão do time, à equipe da CBRu.
Outra referência forte para a marca é a diversidade ecológica e cultural brasileira. Protagonizam o imaginário popular personagens como a anaconda, a cobra gigante, e o Boitatá, imensa cobra de fogo da cultura tupi-guarani que defende a floresta dos malfeitores.
Para o Brasil, participar desse tipo de torneio é uma chance para os jogadores entrarem em campo em partidas de alto nível e se prepararem para as Eliminatórias da Copa do Mundo. As disputas por vaga no mundial devem iniciar logo após a edição 2021 da SLAR. “O ano é especial, um ano de qualificação para a Copa do Mundo. O grupo acredita muito no trabalho que vem sendo desenvolvido e tem feito todo o esforço possível para buscar evoluir a cada dia. Nesse cenário, a SLAR entra como algo fundamental para o processo de construção do caminho para nosso principal objetivo que é estar no Mundial”, avalia Fernando Portugal, head coach das Seleções Brasileiras, à equipe da CBRu.
O argentino Emílio Bergamaschi, ex-treinador assistente da Argentina e consultor técnico de alta performance da Confederação Sul-Americana, será o head coach dos Cobras na SLAR. “O rugby brasileiro vem evoluindo a cada ano, isso é notável para toda a comunidade. Nosso desafio na SLAR será uma etapa importante para sonharmos mais adiante com a vaga no Mundial. O intercâmbio com os atletas argentinos está fluindo muito bem e apostamos que seja valioso para todos. Agora é seguir com os treinos em ritmo forte, aprimorando as partes física, tática e técnica. A SLAR é uma excelente oportunidade para a região usufruir de seus principais jogadores atuando perto de casa, motivados em progredir juntos”, observa Emiliano, que pretende trazer grande conhecimento técnico e ajudar na evolução de nossos jogadores.
A SLAR será realizada em duas sedes, Chile e Uruguai, no período de 16 de março a 15 de maio, com a participação de seis franquias: Cobras (Brasil), Jaguares XV (Argentina), Selknam (Chile), Peñarol (Uruguai), Olímpia Lions (Paraguai) e Cafeteros Pro (Colômbia).
O torneio teve ainda um draft de jogadores argentinos provenientes do alto rendimento da Unión Argentina de Rugby (UAR) entre todas as franquias participantes. A ideia é elevar ainda mais o nível competitivo e gerar aprendizado para todos os envolvidos. No caso do Cobras, a franquia foi reforçada por quatro atletas argentinos – Franco Giudice (abertura), Manuel Bernstein (terceira linha), Marco de Sanctis (fullback) e Santiago Grippo (primeira linha).
(Agência Brasil)
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