Enquanto as principais estrelas do tênis chegam a Melbourne para o Grand Slam que se aproxima, muitos australianos questionam a decisão de sediar o torneio de tênis no momento em que milhares de cidadãos estão confinados no exterior devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A Austrália reduziu pela metade o número de pessoas que pode retornar ao país a cada semana, à medida que os casos positivos de covid-19 na quarentena em hotéis aumentam, levando a companhia aérea Emirates a suspender indefinidamente os voos para Sydney, Melbourne e Brisbane.
Os australianos têm questionado como o governo pode abrir espaço para 1.200 jogadores de tênis e seus acompanhantes para o Aberto da Austrália do próximo mês, mas não para seus próprios cidadãos.
“Se você quiser vir para a Austrália durante uma pandemia, você precisa ser uma estrela do esporte, celebridade do cinema ou um magnata da mídia”, disse o usuário Daniel Bleakley no Twitter. “A cidadania e um passaporte australiano por si só não são suficientes.”
Outros afirmaram que os recursos usados para sediar o torneio poderiam ter sido alocados para aumentar as instalações de quarentena e sistemas de saúde para ajudar a trazer de volta os australianos retidos.
As tensões destacam os desafios para o anfitrião dos Jogos Olímpicos, o Japão, com a opinião pública amplamente contra o evento agendado para 23 de julho a 8 de agosto em Tóquio (Japão).
(Agência Brasil)
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