Logo após ser reconduzido ao comando do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o mandato de 2021 a 2024, Paulo Wanderley fez um discurso no qual se comprometeu a oferecer mais espaço à Comissão de Atletas.
O dirigente, que formava a chapa Força é União junto com o vice Marco La Porta, foi reeleito nesta quarta-feira (7) ao receber 26 dos 48 votos possíveis no pleito.
“Vivenciar um momento como o de hoje me emociona verdadeiramente e me faz lembrar toda a trajetória de 2017 para cá, o quanto construímos juntos. Isso, por si só, já é uma vitória. Se atualmente vivemos a democracia no COB, se tivemos pela primeira vez em décadas três chapas concorrendo à presidência, se tivemos a participação maciça e fundamental de atletas na tomada da decisão, isso foi fruto da reforma estatutária que conduzi como presidente desta entidade”, afirmou Paulo Wanderley logo após a vitória.
E o dirigente destacou que as mudanças devem continuar nos próximos anos: “A Comissão de Atletas vem mostrando seu amadurecimento e comprometimento com questões tão fundamentais do esporte em todas as suas falas e ações. Contará com ainda mais apoio jurídico, financeiro e de comunicação. Terá também orçamento próprio. Queremos instalar uma Central de Serviços Compartilhados às Confederações e rediscutiremos os critérios e políticas de distribuição da Lei das Loterias”.
Porém, o principal desafio será comandar o Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem. “É importante fazer o que estamos fazendo. Apreender com os erros e seguir da forma que nos propusemos. Acho que a manutenção de toda equipe vai dar tranquilidade para os atletas nesse período de incertezas”, declarou o vice-presidente Marco La Porta.
Comissão de Atletas
A eleição desta quarta ficou marcada pela expressiva participação da Comissão de Atletas, que pela primeira vez teve direito a 12 votos na Assembleia. A votação contou ainda com 34 representantes das Confederações Brasileiras Olímpicas e dois membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), totalizando 48 votantes. A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) não enviou representante.
“Ao me candidatar com o Marco La Porta, buscávamos a possibilidade de uma evolução ainda maior do COB e do esporte brasileiro. É esse o compromisso que firmamos após o resultado das urnas. Falaremos sempre de transparência, austeridade e meritocracia, além de competência e excelência. O objetivo é ampliar os mecanismos de governança, transparência e conformidade, aprimorando o tão bem-sucedido programa Gestão, Ética e Transparência, para que possamos ter uma gestão genuinamente esportiva”, concluiu Paulo Wanderley, que assumiu a presidência do COB em 11 de outubro de 2017, após a saída de Carlos Arthur Nuzman, afastado por envolvimento em casos de corrupção.
(Texto: Juliano Justo/Agência Brasil. Foto: Miriam Jeske/COB)
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