Em menos de 24 horas, o anúncio do Rio Branco da contratação do goleiro Bruno provocou uma série de problemas para o clube do Acre. O principal patrocinador, que apoiava o clube há 14 anos, rompeu contrato, a seccional do Acre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC) emitiu nota de protesto e a treinadora do time feminino, Rose Costa, pediu demissão após um contundente desabafo no Facebook.
“Atletas são figuras públicas, e socializam e influenciam comportamentos, e meu humilde entendimento é que essa oportunidade dada ao goleiro Bruno, em nossa amada equipe, legitima a ineficiência das leis em nosso país, socializa ainda mais a impunidade aos feminicidas e, por fim, macula a imagem de nossa equipe, pois o crime orquestrado por ele é reconhecidamente hediondo”, escreveu a treinadora, nesta última terça (28), ao confirmar o desligamento da equipe.
Apesar de toda a repercussão negativa, o presidente do Rio Branco confirmou à Agência Brasil que vai manter a contratação do ex-jogador do Flamengo. “Não imaginava que isto aconteceria, mas não volto atrás e vou manter minha palavra com ele, que chega sexta-feira (31) ao estado, que se dividiu nesta história”, avisou o dirigente, avaliando que, se não contratar Bruno, o vai condenar novamente: “Não vou fazer apresentação, porque ele vai ser tratado como um jogador comum no elenco. Vamos fazer um contrato de 6 meses e vem como reforço para o segundo turno do estadual, a Copa Verde e a Série D do Campeonato Brasileiro. Se conseguirmos uma vaga para a Copa do Brasil, ele pode continuar, mas também está livre caso tenha uma oportunidade melhor”.
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