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Olavo de Carvalho, ‘guru’ do bolsonarismo, morre aos 74 anos nos EUA

Familiares informaram que o ‘guro do bolsonarismo’ tinha sido internado com covid-19

  • Morreu na noite desta segunda-feira, 24, Olavo de Carvalho, escritor considerado o “guru do bolsonarismo”, aos 74 anos. A notícia foi divulgada em seu perfil oficial nas redes sociais.

    Na publicação, a família de Carvalho informou que ele faleceu na região de Richmond, na Virgínia, nos Estados Unidos, onde estava hospitalizado. A causa da morte ainda não foi divulgada. No dia 15 de janeiro, a equipe do escritor anunciou que ele foi diagnosticado com covid-19.

    Uma das filhas de Olavo, Heloísa de Carvalho, foi às redes comentar a morte do ideólogo e afirmou que ele faleceu de covid-19. Ela e o pai eram brigados e não raramente Heloísa o confrontava nas redes sociais, sobretudo em relação à pandemia, assunto sobre o qual o escritor adotava postura negacionista. 

    Olavo Luiz Pimentel de Carvalho era natural de Campinas (SP), tinha oito filhos e 18 netos e ganhou projeção ao publicar vídeos e livros rejeitando veementemente pautas associadas às militâncias de esquerda, o que o fez se tornar um “guru” do conservadorismo e da nova direita nas redes.

    Ele, que intitulava a si mesmo como professor de filosofia, foi um dos grandes aliados ideológicos do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e ganhou elogios públicos do chefe do Executivo no início de seu mandato. Porém, rompeu com Bolsonaro em meados de 2020, quando publicou um vídeo direcionando críticas e xingamentos ao governo.

    O escritor dizia estar decepcionado com o presidente por considerar ter sido usado por ele como uma espécie de “garoto propaganda”. Em dezembro do ano passado, comentando a possibilidade de reeleição do mandatário este ano, Olavo afirmou que a “briga já está perdida”.

    O escritor era considerado um dos principais promotores do debate que deu força ao bolsonarismo na internet. Em suas publicações, Olavo criticava ferrenhamente o “politicamente correto” e dava projeção às bandeiras que seriam levantadas por Bolsonaro durante a campanha, usando frequentemente de um vocabulário chucro para tecer os seus comentários na internet. Para críticos, uma figura central da radicalização da política e do incentivo ao ódio contra grupos minoritários.

     

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