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O mercado de trabalho atravessa uma de suas fases mais competitivas, com uma grande oferta de profissionais qualificados disputando vagas de emprego. Ao mesmo tempo, surgem novas oportunidades e carreiras, impulsionadas pelas transformações e necessidades da era digital. Nesse cenário, muitos jovens têm optado por seguir caminhos autônomos, aproveitando as oportunidades que a internet proporciona. Uma dessas profissões, com relevante demanda de mercado, é a de videomaker.
O videomaker é um profissional versátil, com atuação em diversos setores, como publicidade, cinema e produção de conteúdo para as redes sociais, entre outros. Com a crescente demanda por uma presença digital estratégica e eficaz, videomakers especializados em mídias sociais encontram amplas oportunidades de trabalho, tornando-se peças fundamentais para marcas e empresas que buscam visibilidade e contato com o público.
Segundo a pesquisa Digital Brazil 2024, o país conta com 144 milhões de usuários ativos nas redes sociais, o que representa 66,3% da população. Esse dado reflete o impacto direto que uma presença digital eficiente pode ter sobre os negócios. Empresas que investem no marketing digital conseguem ampliar seu alcance, fortalecer a comunicação com o público-alvo e, consequentemente, aumentar a captação de clientes.
Em Maringá, o mercado de videomakers é diversificado: há freelancers que atuam de forma independente, profissionais contratados diretamente por empresas para integrar equipes de marketing e comunicação, e aqueles que trabalham em agências, atendendo a uma variedade de clientes em conjunto com times especializados.
Para entender melhor esse cenário, o Maringá Post conversou com Paulo Ricardo Teixeira, 26 anos, que começou sua carreira como videomaker e hoje atua na Personal Social, que surgiu a partir da WI Agência e Hub Digital e se consolidou como uma empresa independente. A Personal Social oferece serviços personalizados, que incluem a criação de estratégias e a produção de conteúdo digital. Com mais de 320 empresas atendidas na região de Maringá e mais de 3 mil vídeos produzidos, a agência segue o lema “quem não é visto, não é lembrado“, reforçando que “a forma como você é visto define como será lembrado“.
Confira abaixo os trechos selecionados da entrevista, que abordam o mercado de videomakers no Brasil:
O que te levou a escolher a carreira de videomaker? Como você começou nesse campo?
Comecei a editar vídeos em 2014/2015, quando iniciei um canal no YouTube. O canal fez sucesso, com alguns vídeos viralizando, e alcancei a marca de 15 mil seguidores. Em 2019, comecei a me envolver com o cenário musical e a cena do rap maringaense, decidi abandonar o YouTube e passei a editar videoclipes para amigos e conhecidos. Desde então, desenvolvi diversos trabalhos e projetos.
Esse portfólio me abriu as portas para entrar na WI em 2022 como personal social. Desde então, já atendi mais de 250 empresas, produzi mais de 3 mil vídeos e acumulei mais de 5 milhões de visualizações.
Como uma pessoa pode começar a se familiarizar com essa área? É possível aprender sozinho?
Com estudo e dedicação. Posso afirmar que não sou nenhum gênio ou prodígio da edição. Comecei a aprender tudo por conta própria, enfrentando desafios e buscando referências. Com a força de vontade certa, qualquer um pode desenvolver suas habilidades e alcançar seus objetivos na área de edição de vídeo. É uma questão de perseverança e disposição para aprender continuamente.
Na sua opinião, qual é a importância do vídeo para pequenas e médias empresas que desejam se posicionar no mundo digital?
Hoje em dia, não basta apenas ser visto; é preciso ser ouvido! Toda empresa precisa de vídeos para se posicionar no mercado, vender e fidelizar seu público. Se até o McDonald’s, uma gigante do setor, investe em vídeos para suas redes sociais, por que a sua empresa não faria o mesmo? A produção de conteúdo em vídeo é uma ferramenta essencial para engajar e conectar-se com os clientes de forma eficaz.
A área deve continuar crescendo como observamos nos últimos anos? Pode haver um momento de desinteresse nos conteúdos em vídeo?
Não, os vídeos vieram para ficar. Desde o grande boom do YouTube, cada vez mais gerações—tanto as mais novas quanto as mais antigas—têm migrado para a internet em busca de construir suas carreiras no ambiente digital. Embora a televisão ainda exerça um considerável poder de influência, esse impacto tem diminuído constantemente com a ascensão das redes sociais.
Basta observar a quantidade de influenciadores que hoje vivem exclusivamente da internet. As redes sociais democratizaram o marketing, e, com o auxílio do vídeo, você tem o potencial de atingir milhares e milhares de pessoas. Essa mudança não apenas ampliou o alcance das marcas, mas também tornou o conteúdo mais acessível e diversificado, permitindo que qualquer um se torne um criador e se conecte com seu público de forma autêntica.
Como você enxerga a situação profissional dos videomakers atualmente?
É uma área com demanda constante e que vem crescendo exponencialmente! Os videomakers que souberem identificar as oportunidades e se posicionar de maneira estratégica terão uma ferramenta valiosa em suas mãos. O mesmo se aplica às empresas: aquelas que investirem em produção de vídeo estarão um passo à frente na construção de sua presença digital e no engajamento com seu público. A capacidade de contar histórias através do vídeo se tornou essencial para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
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