O noroeste do Paraná tem 175 startups, conforme o Mapeamento das Startups Paranaenses 2020/2021, do Sebrae-PR, divulgado na terça-feira (9/2). O número representa um crescimento de 47% em relação ao levantamento realizado em 2019, que apresentou 119 negócios com esse perfil na região.
Maringá está no centro do ecossistema regional e é a quarta cidade do Estado com mais startups, totalizando 105 empresas. Em seguida, aparecem Campo Mourão (35), Umuarama (9), Paranavaí (7) e Cianorte (6).
Para o consultor do Sebrae-PR, Nickolas Kretzmann, os dados evidenciam tendência de crescimento nos próximos anos.
“É característico que o ciclo de vida das startups tenha muitas barreiras. Considerando mais o desafio inesperado da pandemia, muitas delas que já estavam no mercado poderiam ter morrido, mas vimos o setor em evolução”, analisa.
Outros pontos positivos destacados pelo consultor são a densidade e maturidade do setor, sendo que 53,7% dos negócios estão em estágio de operação, tração e scale-up (em português, aumento de escala). Ele explica que são empresas que já passaram da fase de descoberta, que, em geral, têm mais de um ano de existência e estão em busca de consolidação no mercado.
Com relação às áreas de atuação, 26 verticais de negócios foram citadas ao menos uma vez pelas startups na região. A maior parte, com 23, é da área da saúde, alinhada a uma vocação econômica local. Em Maringá, as empresas nessa área são 13. Também se destacam na cidade as construtechs (6), puxadas pela força da construção civil e por iniciativas como o Engenium Park, espaço que abriga um ecossistema voltado à inovação. Além disso, as agrotechs (8) começam a ganhar mais espaço em Maringá.
Segundo Kretzmann, a região tem ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios em segmentos diversos. Há aceleradoras, incubadoras, grupos de investidores e habitats de inovação, com ações promovidas pelo Sebrae-PR e parceiros.
“Notamos um maior número de startups onde temos escritórios do Sebrae e atores locais empenhados. O objetivo é fomentar as iniciativas inovadoras e pulverizar o espírito empreendedor também para outras cidades”, comenta.
Como desafio imediato, o consultor destaca ainda haver falta de investimentos. Apenas 20% das startups mapeadas no Estado receberam algum tipo de investimento. “Isso precisa ser melhorado porque é assim que vamos colocar as empresas em escala de crescimento. O trabalho precisa continuar para termos como próximo desafio conseguir os primeiros unicórnios na região”, frisa.
A sétima edição do levantamento contou com a participação de representantes de 1.434 startups, entre os dias 5 e 27 de novembro de 2020. Ao todo, os negócios geram mais de 12 mil empregos em 87 cidades, o que torna o Estado um dos principais ecossistemas de inovação do Brasil. O estudo completo pode ser conferido aqui.
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