A LZ Energia, startup de egressos do UEM, do curso de Engenharia Química, que desenvolveu um otimizador para motores a diesel, recebeu na manhã de sexta-feira (11/12), a patente verde do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O dispositivo desenvolvido na Incubadora Tecnológica de Maringá, objetiva a
melhor eficiência energética, evita o desperdício de recursos, além de reduzir, em ao menos 5%, os custos com combustível e em 50% a emissão de gases poluentes.
O programa de patente verde do INPI concede patente aos produtos que contribuem para as mudanças climáticas globais e tecnologias voltadas ao meio ambiente.
“É uma grande conquista relacionada à geração de energia limpa e acessível, o
que nos alinha a um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU”, comemora Igor Zanella, um dos sócios da LZ Energia.
O dispositivo, que é indicado para qualquer motor a diesel, como o de caminhões, ônibus e geradores, foi desenvolvido por três egressos da UEM, do curso de Engenharia Química da universidade, quando ainda eram estudantes do 2º e 3º anos da graduação.
O trabalho de fabricação do produto teve início em 2016, durante uma greve de professores da Universidade. “Os primeiros protótipos foram produzidos em casa. Chegamos a mudar para uma residência maior, com edícula, onde foi montado o nosso laboratório”, explica Zanella.
“Empreender não é fácil, mas é importante. E encontramos essas instituições que dão suporte, apoiam, fomentam a inovação e incentivam o empreendedorismo”, enfatiza Zanella.
A entrega da patente verde foi feita na Incubadora Tecnológica de Maringá, que tem como missão proporcionar e estimular a geração de empreendimentos inovadores e sustentáveis de base tecnológica.
Criada na UEM, a Incubadora tem parcerias com instituições como o Centro Universitário de Maringá (Unicesumar), Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Paraná (Sindimetal), Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria (Senai), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Prefeitura de Maringá, Maringá Tech, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM).
Há quatro anos o dispositivo vem sendo estudado e adaptado pelos inventores Franco Leonardi, Nikolas Ferreira de Souza e Igor Zornitta Zanella.
Recentemente recebeu melhorias por meio de alguns testes de validação, o que acarretou em um produto mais robusto e durável. “Além do custo acessível, a instalação é simples e rápida e o funcionamento é autônomo, sendo preciso apenas trocar o refil a cada 1500 horas de operação”, explica Zanella.
A empresa tem disponível 25 dispositivos com as novas características, os quais serão destinados para a Prefeitura de Maringá (5 para testes em transportes da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento), e 20 para uma empresa transportadora local.
Em 2021 os novos dispositivos ecológicos serão comercializados no mercado
nacional.
Esse feito mostra a importância do incentivo à tecnologia e inovação. “A incubadora tem uma rede de parcerias e um grupo estratégico dando apoio, servindo como uma vitrine para mostrar os produtos que são desenvolvidos. Neste caso do dispositivo desenvolvido, nos mostra que o conhecimento por parte desses alunos também vira produto. Adquiriram toda uma aprendizagem fazendo o curso de graduação e a incubadora auxilia a transformação desse conhecimento em startups, em tecnologia e inovação para a sociedade” explica Marcelo Farid, assessor de inovação da UEM.
A patente garante à empresa uma maior visibilidade “pois tem um mercado, uma propriedade intelectual protegida que te ajuda a trabalhar com domínio de mercado”, completa Farid.
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