Clubes de futebol querem renegociar salários de jogadores

Crise econômica causada pelo coronavírus está mudando esporte no mundo

  • Enquanto o mundo científico busca respostas para encontrar um remédio capaz de barrar os avanços do novo coronavírus, atividades econômicas do mundo inteiro contam os prejuízos pelas diversas paralisações que têm afetado o mundo.

    Na cultura, shows, espetáculos e apresentações foram paralisadas. Shoppings centers e parques estão fechados, para evitar qualquer tipo de aglomeração. Nesse sentido, é mais que esperado que o futebol também sofra as consequências do avanço do vírus que já matou mais de 50 mil pessoas no mundo todo.

    Até mesmo as apostas esportivas, em sites como apostasesportivasbonus.com, está com um ritmo menor do que o convencional.

    No mundo todo, clubes estão negociando contratos de trabalhos com jogadores e dirigentes, a fim de encontrar uma saída para a crise financeira que assola a maioria dos times. Sem partidas, dinheiro de bilheteria ou ações promocionais, os clubes buscam uma forma de amenizar o cenário de caos no esporte.

    Para se ter uma ideia, a Eurocopa e a Copa América já foram adiadas para 2021. Campeonatos nacionais não têm data para acabar. Aqui no Brasil, o cenário é ainda mais complexo. Se na Europa jogadores de clubes de como Barcelona, Borussia Dortmund e Bayern de Munique aceitaram reduzir seus salários, os craques por aqui não estão dispostos a utilizar tal método.

    Atlético-MG e Fortaleza foram os que anunciaram um corte mais profundo na própria carne, chegando a até 25%. O time mineiro manteve um piso de R$ 5 mil. Ou seja, quem ganha menos que isso não sofre perdas: 77% dos funcionários, segundo estimativa do presidente Sérgio Sette Câmara. Além disso, o desconto percentual é escalonado. Os 25% atingem o topo da pirâmide.

    No Rio, o Flamengo mantém o salário integral de abril e já informou no balanço que, caso a
    interrupção de jogos dure até três meses, o impacto será “absorvível”, sem representar risco para as finanças do clube.

    Na Série A, há clubes que fecharam acordo com os jogadores, mas evitam revelar o percentual. É o caso de Ceará e Grêmio. O Bahia também costura acordo: No futebol paulista, há um cenário de incerteza em relação ao São Paulo. A primeira proposta do clube — redução de 50% dos salários — foi rejeitada pelos jogadores. O Palmeiras quer honrar os compromissos por inteiro. O Santos segue essa linha, enquanto o Corinthians analisa o cenário de crise antes de formalizar qualquer movimentação.

    O jornal O Globo fez a relação de como estão organizados os clubes que disputam a Série
    A do Basileirão. Dá uma olhada:

    Athletico: Jogadores liberados por tempo indeterminado.

    Atlético-GO: Além de férias, pagará março integralmente. Não definiu os meses seguintes.

    Atlético-MG: Redução de 25% sobre o salário de funcionários, incluindo diretoria, jogadores
    e comissão técnica, pelo período em que durar a pandemia do coronavírus.

    Bahia: Férias de 1º a 20 de abril. Conversa com atletas para definir questão salarial até o
    início da próxima semana.

    Botafogo: Férias entre 1º e 20 de abril. Decidiu não reduzir salários dos jogadores agora.

    Red Bull Bragantino: Pagará salário integral dos atletas. Férias de 1º a 20 de abril.
    Ceará: Fez acordo para redução percentual do salário dos jogadores em março e abril. Não
    revela o número. Deu férias de 20 dias.

    Corinthians: Férias de 20 dias. Não definiu a questão salarial.

    Coritiba: Pagará salários de forma integral.

    Flamengo: Férias de 20 dias. Pagará os salários integralmente.

    Fluminense: Férias de 1º a 20 de abril. Diretores, gerentes e prestadores de serviços
    propuseram redução de 15% dos salários durante paralisação.

    Fortaleza: O salário do elenco de março, pago em abril, terá abatimento de 25%, a ser
    quitado depois. Do salário de abril, jogadores renunciaram 10% em definitivo. Mais 15%
    será pago depois. Executivos do clube toparam 15% de renúncia definitiva enquanto durar o problema.

    Goiás: Férias até o dia 20 de abril. Jogadores e clube negociam redução salarial.

    Grêmio: Deu férias de 1º a 20 de abril. Anunciou redução salarial dos jogadores, mas não
    informou percentual.

    Internacional: Concedeu férias de 1º a 20 de abril. Ainda avalia números antes de decidir
    negociar redução salarial com os jogadores.

    Palmeiras: Férias de 1º a 20 de abril. Pretende manter os salários dos jogadores.

    Santos: Férias de 1º a 20 de abril. Não pretende reduzir salários.

    São Paulo: Determinou férias de 2 a 21 de abril. Propôs aos jogadores corte de 50% no
    salário pago em carteira e suspensão dos direitos de imagem a partir deste mês (com
    pagamento previsto para o início de maio). O acordo não foi fechado.
    Sport: Tenta negociação individual. Férias de 20 dias.

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