Maringá fechou 2019 com um saldo positivo de 3.781 empregos formais, o que rendeu ao município a 21ª posição no ranking de criação de empregos no Brasil e a 6ª na região Sul.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, divulgados na sexta-feira (24/1).
“No Paraná ficamos atrás somente de Curitiba. Isso mostra que estamos crescendo proporcionalmente no mercado de trabalho, mais que os outros municípios”, avalia a economista do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Yasmine da Mata Mendonça.
Yasmine também conta que a tendencia é que esse crescimento continue. Segundo a especialista, não há previsão de nada que possa atrapalhar o desempenho do mercado de trabalho na cidade.
O resultado de Maringá em 2019 é 18% superior ao numero de vagas registradas no ano de 2018, quando o saldo de empregos formais na cidade foi de 3.090 vagas. Em 2017, os dados mostram uma pequena recuperação da crise do ano anterior, quando o saldo havia fechado positivamente em 706 vagas. Situação bem diferente da registrada em 2016, quando Maringá fechou com saldo negativo de 3.411 postos de trabalho.
“Nós estamos passando por um momento de recuperação econômica desde 2017. As vagas positivas em cada ano têm um efeito multiplicador do consumo, já que o saldo positivo gera mais salário, o salário gera mais consumo e o consumo gera mais emprego”, explica a economista.
O saldo de 2019 mostra um crescimento de vagas em relação aos anos anteriores, mas ainda fica muito atras do saldo registrado em 2013, quando a economia da cidade teve um dos melhores anos da história, com a abertura de 7.232 vagas.
Dos quatro principais setores econômicos de Maringá, três fecharam o ano com mais contratações que demissões. Apenas a indústria de transformação teve saldo negativo, com o desligamento de 487 pessoas a mais do que as contratadas. O melhor saldo do município foi o do setor de serviço, com 3.105 contratações.
“Maringá é uma ótima cidade para o desenvolvimento de negócios ligados ao setor de serviços. Uma prova disso é que nos últimos três anos houve um aumento de mais de 70% no número de MEIs na cidade”, considera o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), Michel Felippe Soares.
Sobre o baixo rendimento no setor da indústria, a economista do Codem conta que isso se deve ao alto custo de investimento no setor. “É normal a industria demorar mais tempo para se recuperar de recessões que outros setores da economia”, explica Yasmine. No comércio, o saldo foi 20% melhor do que no ano anterior, com a criação de 624 vagas.
O Paraná também apresentou o melhor resultado na geração de empregos desde 2013. Foram criados 51.441 empregos formais em 2019, o que representa um aumento de 24,2% em relação a 2018.
Curitiba lidera a relação dos municípios com mais de 30 mil habitantes que mais criaram postos de emprego no acumulado do ano. Com saldo de 19.325 novos postos de trabalho, a capital superou Maringá (3.781), São José dos Pinhais (3.158), Cascavel (2.265) e Pato Branco (2.159).
Dez maiores empregadoras no Sul
- Curitiba (PR) – 19.325
- Joinville (SC) – 6.656
- São José (SC) – 5.432
- Chapecó (SC) – 5.302
- Florianópolis (SC) – 5.279
- Maringá (PR) – 3.781
- Itajaí (SC) – 3.372
- S. J. dos Pinhais (PR) – 3.158
- Cascavel (PR) – 2.265
- Pato Branco (PR) – 2.159
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