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Fundador Walcir Franzoni compra de volta o site de imóveis Sub100, vendido ao Grupo Zap em 2015

Além de novas tecnologias, o Sub100 encontra nova concorrência no mercado local, o Agenda.Cafe

  • O site de imóveis Sub100 Sistemas voltou a ser administrado pelo fundador Walcir Franzoni. A empresa tinha sido vendida em 2015 para o Grupo Zap e foi comprada novamente pelo empresário maringaense. Franzoni retomou a administração da plataforma no começo de dezembro, após dificuldades do Zap.

    Segundo o fundador, a empresa física foi encerada em junho na cidade e quase todo o quadro de funcionários foi dispensado. O Grupo Zap estava em processo de migração dos negócios locais para São Paulo. Walcir Franzoni diz acreditar que o grupo pode ter encontrado dificuldades para entender o público local e se fixar no mercado maringaense. 

    “Uma empresa compra outra empresa e ao longo do tempo a empresa percebe que é difícil trabalhar com a cultura e com os serviços [locais]. Acredito que essa dificuldade da cultura local fez com que a empresa tivesse a vontade de encerrar [as atividades em Maringá]”, afirma o fundador.

    Ele conta que ao ver a empresa que fundou não reagindo bem à venda e com risco de fechar, o sentimento de empreendedor foi maior. Surgiu uma oportunidade comercial e, após três meses de negociação, os dois lados chegaram em um acordo. Segundo Walcir Franzoni, foi assinado um contrato de sigilo e o valor da negociação não pode ser revelado.

    O empresário volta a administrar uma das primeiras plataformas de imóveis do Brasil, mas em um cenário diferente. Em 2015, quando foi vendida, a empresa tinha cerca de 35 funcionários. Hoje, são apenas cinco funcionários que se reúnem em uma sala de estar. No entanto, Franzoni afirma que não está preocupado em deixar a empresa no mesmo patamar anterior à venda. O desafio é criar um novo modelo de negócio.

    “Quando nós entregamos [a empresa] acreditamos que com a capacidade do Zap junto com a gente nós poderíamos transformar o que fazíamos em um negócio mais inovador, tecnológico e disruptivo. Essa vontade ainda prevalece e nós vamos mudar o modelo de negócio do Sub100. Ainda seremos um portal de classificados, mas vamos nos transformar em um novo negócio para imobiliárias e consumidores”, diz Franzoni.

    O fundador preferiu não revelar detalhes sobre as estratégias, mas afirma que pretende criar um modelo de negócio que rompa com os padrões estabelecidos no mercado, assim como alterou a forma dos anúncios imobiliários quando o Sub100 surgiu há quase 20 anos.

    “Vamos munir de informações os investidores, simplificar a capacidade de investimento imobiliário. Queremos ser a ponte entre imobiliárias, construtoras e compradores”.

    Além de novas tecnologias, também há concorrência no mercado local. O Agenda.Cafe, criado por ex-funcionários do Sub100, é outro negócio maringaense que atua no segmento. Criado em janeiro deste ano, a empresa é comandada por três sócios e funciona no modelo de startup. O Agenda.Cafe passou pelo processo de aceleração na EVOA Aceleradora.

    Além do portal de anúncio de imóveis, o Agenda.Cafe oferece software e outros serviços como treinamento de marketing digital para que corretores e imobiliárias possam encarar os novos desafios do mercado.

    “O nosso conceito é diferente e está baseado em atender corretores, imobiliárias e construtoras em uma solução em rede, onde juntos eles podem ter acesso a base de dados dos imóveis cadastrados e fazer parcerias”, explica o CEO da startup, Rafael Guimarães.

    A operação comercial do negócio teve início em maio deste ano. Segundo Rafael Guimarães, desde então a empresa apresenta crescimento de 18% ao mês. No início do processo de aceleração, em setembro, eram 100 clientes. Agora, o Agenda.Cafe atende 200 clientes em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo.

    Em Maringá, apenas o Sub100 e o Agenda.Cafe atuam no segmento de plataforma de imóveis. Para o CEO do Agenda.Cafe, o mercado é grande e tem espaço para as duas empresas. “Tem clientes que por perfil vão trabalhar com o Sub100, ou por perfil vão trabalhar com a gente ou com as duas ferramentas. O mais importante é que a gente consiga mudar o mercado imobiliário, que os corretores sejam capacitados e que as imobiliárias consigam fazer mais ofertas”.

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