Após encarar os reflexos da estagnação econômica, o mercado imobiliário de Maringá começou a se recuperar em 2017. No ano passado, o segmento apresentou o maior volume de registros imobiliários desde 2012. No entanto, na análise do acumulado deste ano, entre janeiro e maio de 2019, o volume de operações imobiliárias de compra e venda registradas em cartórios da cidade caiu 3,1%, comparado ao mesmo período do ano passado.
As informações fazem parte da sexta edição do estudo Indicadores do Registro Imobiliário (acesse aqui) que publica mensalmente os dados do segmento. Maringá é o primeiro município do Paraná e o terceiro do país a integrar o projeto.
Por meio de uma análise comparativa com dados dos quatro cartórios de registro de imóveis da cidade, o estudo coordenado pela Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (Aripar) mostra a evolução e o volume de transações realizadas.
Segundo o levantamento, o número total de transferências, que compreende outros tipos de transações, também registrou variação negativa de 1,0% entre janeiro e maio deste ano. No período, os quatro cartórios de registro de imóveis de Maringá realizaram 4.925 operações imobiliárias das quais 3.773 foram de compra e venda.
No entanto, os dados são positivos se analisado o acumulado dos últimos 12 meses. Nesse período, a cidade registrou aumento de 7,5% nos registros de compra e venda de imóveis e variação positiva de 3,4% no número de registros. Nos últimos 12 meses, os cartórios do município computaram 13.387 operações imobiliárias, das quais 10.105 são de compra e venda (75,5%).
Apesar das oscilações negativas neste ano, o titular do 1º Registro de Imóveis de Maringá, Fernando Matsuzawa, afirma que existe uma tendência de crescimento no mercado imobiliário da cidade. Segundo ele, os três primeiros meses de 2019 não foram favoráveis para o segmento, mas é possível perceber uma elevação a partir de abril.
“Em 2019, houve um represamento por parte do governo, por ter assumido o caixa, e segurou um pouco a liberação de empréstimos e financiamentos. Também existia a expectativa de como o governo ia se comportar, como seriam as políticas e agenda adotada. A população também segurou um pouco para ver o que ia acontecer para começar a fechar negócios”, explica Fernando Matsuzawa.
Ao lado de São Paulo, Maringá apresenta resultado positivo
Até a quinta edição, o levantamento reunia informações de São Paulo e Rio de Janeiro. Além de Maringá, a sexta edição incorporou dados de Joinville, Rio de Janeiro e São Paulo. No Paraná, o estudo é coordenado pela Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (Aripar), com suporte técnico da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e apoio do Ministério da Economia.
Entre os municípios analisados, apenas Maringá e São Paulo registraram crescimento no número de registros e das operações de compra e venda nos últimos 12 meses. Enquanto a capital paulista registrou aumento de 10% nas operações de compra e venda, o Rio de Janeiro apresentou queda de 7,8%.
“Cada cidade responde de uma maneira à crise econômica e ao progresso. A gente percebe que Maringá não sentiu tanto a crise como as outras cidades e tem se recuperado mais rápido. O mercado imobiliário de Maringá foi um mercado resiliente e que resistiu. Teve uma queda em 2015 e 2016, mas apresentou crescimento rápido”, afirma o titular do 1º Registro de Imóveis de Maringá, Fernando Matsuzawa.
O próximo boletim do estudo Indicadores do Registro Imobiliário vai ser publicado no final de agosto com informações sobre o mês de junho. Para Matsuzawa, os indicadores reduzem incertezas no mercado imobiliário e melhoram o ambiente de negócios.
“Com essa tendência de alta [apresentada pelo estudo], percebi no rosto dos empresários uma esperança no sentido que eles percebem que há mercado e interessados em comprar imóveis. Isso fortalece mais investimentos e mais construções”, diz o titular do 1º Registro de Imóveis de Maringá.
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