Você toparia viajar sem saber qual será o destino e quais experiências vai vivenciar durante a viagem? Essa é a proposta da startup La Casa Secreta criada pelas amigas Carolina Vargas Fernandes, de 39 anos, e Marina Bichara Rocha, de 40. O objetivo é oferecer um roteiro diferente, pouco explorado por turistas, e experiências sensoriais que envolvem gastronomia, drinks e atividades ao ar livre. Tudo secreto.
A ideia de criar o próprio negócio surgiu há quatro anos. Elas gostavam de viajar, conhecer novos lugares e davam dicas de destinos para os amigos, mas não sabiam como poderiam ganhar dinheiro com isso. Para amadurecer a ideia, elas recorreram ao Design Thinking, um processo de pensamento crítico e criativo que ajuda na criação de projetos com mais qualidade.
“O projeto começou com a ideia de ser uma casa para receber pessoas que viajam ao redor do mundo. A gente começou a fazer os exercícios de inovação e em uma tarde que estávamos reunidos veio o boom de que tudo deveria ser secreto”, conta Carolina Fernandes.
A vida das idealizadoras do projeto se cruzaram em São Paulo em 2006. Marina nasceu em Curitiba, mas morou em Maringá boa parte da infância e adolescência e deixou a cidade para cursar publicidade em Santa Maria (RS). Atualmente, Marina mora em Barcelona, mas a família continua em Maringá.
Carolina é formada em marketing e mora em São Lourenço (MG). Mais de 8 mil km separam as sócias fisicamente, mas nada que dificulte as decisões que devem ser tomadas. As duas se falam quase todos os dias por vídeo chamada e decidem os novos projetos e os próximos destinos da La Casa Secreta.
Apesar da startup reunir paixões pessoais das duas, foi necessário pesquisa e estudos de mercado para que o projeto desse certo. Elas investiram aproximadamente R$ 50 mil no negócio e no começo do ano passado decidiram lançar a startup para o público.
A primeira edição de La Casa Secreta ocorreu em dezembro de 2018. Oito participantes de diversas regiões do país embarcaram em uma viagem sem saber o destino e quais experiências iriam vivenciar pelos próximos três dias. O local escolhido foi Cunha, cidade que fica há duas horas e meia de São Paulo.
https://www.facebook.com/lacasasecretaoficial/videos/270395810561722/
Experiência intimista
O objetivo da La Casa Secreta é oferecer uma experiência intimista, o que leva o projeto a selecionar pousadas menores e que possam ser fechadas para os viajantes. Além disso, a La Casa Secreta costuma receber de 8 a 12 pessoas e escolhe destinos diferentes das rotas turísticas convencionais.
“Tem que ser lugares onde as pessoas não conheçam para que seja uma novidade. Para ir para um grande centro você pode ir sozinho, mas a ideia é levar as pessoas a lugares e experiências inimagináveis”, diz Marina Bichara.
O foco do projeto é reunir pessoas que já viajaram por vários lugares e buscam novas experiências. Antes de embarcar para a viagem, os participantes sabem apenas qual será o ponto de encontro. A partir daí, eles são levados para o lugar da viagem e lá passam por experiências que só serão reveladas ao longo da viagem.
Os gastos para se locomover até o ponto de encontro marcado são de responsabilidade do participante. A alimentação, estadia e transporte estão inclusos no pacote fechado com a startup. Na La Casa Secreta, os valores são cobrados por quarto e não por pessoa. No caso do destino de Cunha, por exemplo, o quarto custou cerca de R$ 5 mil.
O novo destino da próxima edição de La Casa Secreta deve ser divulgado nos próximos dias. No entanto, as sócias Marina e Carolina já adiantaram que a próxima viagem às escuras deve ser no Brasil entre maio e abril. Elas também planejam uma edição de La Casa Secreta na Itália e eventos para divulgar a startup dentro e fora do país.
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